OS ESCRIBAS
Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.
Contribuidores
29 fevereiro 2008
28 fevereiro 2008
Chocolate
A palavra chocolate deriva do grego Theobroma, que significa alimento dos Deuses.É um alimento irresistivel delicioso,quer seja consumido ao natural ou incluído na preparação de sobremesas,bolos e outros doces. É frequentemente usado como forma de retribuir um presente,desejar felicidades ou demonstrar os sennntimentos a alguém...
20 fevereiro 2008
Açúcar
O mel e a cana-de açúcar foram os primeiros sabores doces do mundp . Registos históricos dizem que foram os indianos a extrair o suco da cana e a produzir açucar pela vez,por volta de 500 a.C . Mas os segredos da sua produção rapidamente se espalharam pela região do Médio Oriente e mais tarde pela Europa.Ao longo de cententas de anos, o açúcar foi considerado raro e valioso.
Em 1747, Andreas Marggraf, um químico alemão, descobriu que era possível produzir açúcar cristalizado a partir de suco extraído de raízes de beterraba. Deu-se assim um grande passo na história do açúcar.Esta seria a principal fonte de açúcar na Europa. Mais tarde,nos séculos XV e XVI, introduziu-se a cultura da cana-de -açúcar na Madeira. Os portugueses passaram também a fazer mais viagens à Ìndia e tornaram-se nos maiores negociantes de açúcar. Foi durante a altura dos Descobrimentos que a cana foi levada para a América do Sul por Cristóvão Colombo.
Actualmente,dos 111 países produtores de açúcar, 73 cultivam cana -de -açúcar, e fornecem 3/4 da produção mundial de açúcar,sendo que o maior produtor é o Brasil e depois Ìndia e Cuba... Muito Havia que dizer sobe a cana-de-açúcar nos tempos da minha infância...
19 fevereiro 2008
como se a sombra fosse o próprio espaço
ou os musgos não quisessem dizer nada
Prepara um salto
sem gravidade
leve
desmedido para poderes fingir que nem quiseste
Abandona toda a confiança
no limite da luz
como se não houvesse mais que músculos e
intensidades
Fixa os sulcos sem tempo,
uma outra vida
na água que as pedras sempre ocultam!
janeiro 08
Etiquetas: foto david gonçalves
O LAÇO
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas? Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braços. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando. .. devagarinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade? Tudo que é sentimento? Como um pedaço de fita? Enrosca, segura um pouquinho, mas pode-se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afectivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então diz-se: romperam-se os laços. E saem as duas partes iguais os meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor é isso... Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.
Autor desconhecido (?)
Etiquetas: publicado por Mendes Bastos
18 fevereiro 2008
A Ave "Escrebideira" ( 2 )
I
Ai, humilde avezinha Escrebideira,
Há quem não saiba que és mesmo real:
Uma ave que tem por ideal,
Escrever nos ovos, de maneira
A exprimir a ternura maternal.
Pensam que te inventei, de brincadeira!...
Mas tu existes mesmo, és verdadeira:
Quantas vezes te vi no roseiral
E em silvados, onde havia amoras;
Quando as ia colher, e via ninhos,
Teus ovos me detinham, em demoras,
A adivinhar mensagens nos risquinhos:
Desabafos de quando ris ou choras?...
Ou contos que escrevias aos filhinhos?...
II
Só quem viveu na aldeia te conhece:
Teus ovos são teus livros de escritora;
Não tens o dom de ser ave canora,
Como é o rouxinol: esse enternece,
Com seus trinados, ao romper da aurora,
Qum ouvir o seu canto, que é uma prece
A Deus, por mais um dia, e Lhe agradece...
Escrebideira, tu não és cantora...
Serão os teus gorjeios orações?...
Ninguém entende... Assim, nos ovos traças
O teu sentir, que abala corações
Dos homens, a sofrerem só desgraças:
Recusam Deus nas suas ambições,
Negam-Lhe, em cada dia, Acção de Graças...
analosver
17 fevereiro 2008
14 fevereiro 2008
A adamantina algarvia
Tivemos uma conferência na USPD pelo Dr.Prof. Jorge Paiva em que falou na alfarrobeira ( Ceratonia Siliqua L.). Na década de 80,muitos agrícultores algarvios cortaram as árvores centenárias,substituindo-as por pomares de laranja. Hoje , o reconhecimento do ecológico e económico desta espécie mediterrânica, pertencente à família das Leguminosae, já levou à destruição de alguns laranjais.
Um proprietário da terra onde se encontra a majestosa alfarrobeira olhanense, uma das maiores do País (são precisas nove pessoas para a abraçar,tem 15 metros de perímetro e chega a produzir cerca de 250m2 de sombra), embora num ano tenha produzido 550 quilos de alfarroba.
Uma Ave "Escrebideira"
Ó ilustre avezinha, “escrebideira”,
De corpo semelhante ao do pardal,
Mereces bem o nome doutoral
Como sendo escritora verdadeira.
Vi teus ovos no ninho, em roseiral,
Tão lindos! Rabiscados de maneira
Delicada, que nem à lapiseira!
Acreditava ser mesmo real
Ler a tua, nem doutro escritor.
Triste pela ignorância, a mim dizia:
Dentro, os filhos entendem a grafia
Que lhes diz quanto a mãe lhes tem amor.
analosver
13 fevereiro 2008
Padre António Vieira
Perante a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro, à Coroa punha-se o problema de não renunciar ao seu domínio, ainda que para tal fosse necessário pagar um preço elevado. E nessas ,todo o debate agora é sobre Angolateve Vieira articipação muito activa.Acusada de não se opor com a energia e os meios necessários à presença holandesa no Brasil,à Coroa portuguesa não convinha hostilizar demasiado os flamengos,tendo em conta a sua ocupação de Angola e a necessidade de Portugal ter aliados na Europa contra os Espahois. Mas foram os próprios brasileiros os autores de da solução militar que poria termo ao dominio flamengo,com as vitórias decisivas nas batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Por coincidência, foi também pela força das armas que,no mesmo ano de 1649, Portugal recuperou aquele território africano, tão importante para o progresso do Brasil porque como observou o Padre António Vieira, todo o debate agora é sobre Angola e é matéria em que não hão-de ceder, porque sem negros não há Pernambuco e sem Angola não há negros. Há que referir que Vieira, de acordo com o pensamento da época, não era contra a escravatura negra.Era,sim, ardente defensor perante os colonos da dignidade dos escravos, também filhos de Deus, e do bom tratamento que lhes deveria ser dado. cont...
Esta palavra saudade...
12 fevereiro 2008
Confidências
Medo,desconfiança e alegria de viver
Caem-nos cada dia no computador mensagens de pessoas amigas,com pedido de enviemos a outras,a prevenir contra a aceitação de chamadas telefónicas de certo teor, que podem levar os incautos à sua própria ruína. O mesmo acontece em relação ao correio electrónico, infestado por interesses injusto e malévolos, de dentro e de fora,que,anunciando maravilhas escondem desgraças.Entra-se assim no que é nosso, neste mundo aberto e de todos como é o da comunicação, com intuitos de destruir ou de a outros beneficiar ,pouco ou nada podendo nós fazer para impedir, contrariar ou responsabilizar outrem pelos prejuízos sofridos.
11 fevereiro 2008
Janelas dos meus quartos
Da janela do meu quarto
Já não posso ver o mar
Afastei-me fui ingrata
Deixei-o a murmurar.
Dei uma rotação à vida
Agora!
Da janela do meu quarto
Vejo o Sol a despontar
Devolvendo o verde às hortas
O amarelo aos laranjais,
O lilás aos matagais
E da janela do meu quarto
Observo:
Passarinhos a engordarem
com as sementes que eu atiro
à terra para germinarem
e um relvado criar.
Mas não os consigo enxotar!
Sinto alegria em os ver
em bandos, subirem ao beiral
E para dentro da janela olharem.
Como que a agradecerem o manjar.
E também:
Da janela do meu quarto
Vejo gatos cantores
Fazendo lindas serenatas
aos seus amores.
E que lindas vozes têm!
Nunca antes tinha ouvido!
Fevereiro 2008
Etiquetas: E os sons da terra? Falarei deles um dia, quem sabe
07 fevereiro 2008
O cantinho de uma praia
Um recanto de praia com mistério…
Céu luminoso, azul e tão suave…
Nem mancha do vulto de uma ave!
Pedras encasteladas com critério,
Como escada do Céu, sem entrave.
Na brancura da espuma, algo de etéreo,
Como halo de santo em presbitério.
E há musas, ali, no seu enclave.
Mancha negra… eis a gruta mais secreta
De sereias, lembrando a nossa fama!...
Lá está uma, a olhar, saudosa… erecta,
A ver passar Camões, Cabral, o Gama…
Vai -se o tempo… às sereias nada afecta…
O seu amor à Pátria mais se inflama.
II
Só em nós é que o Tempo causa estragos.
Vai-nos levando tudo da memória,
Até de quem lutou sempre em vitória,
Vão-nos ficando só uns sinais vagos…
Também há quem não preze a nossa História
E a deturpe, sem dar justos afagos,
Aos que nas aventuras, só de magos,
Nos trouxeram riqueza, honra e glória!
Sentem hoje as sereias e as musas,
A ingratidão do falso português,
Que à nossa História deu voltas confusas,
Onde toda a grandeza se desfez
E as musas e sereias são intrusas…
Heróis… perdem valor e honradez.
III
Mas ali, num cantinho junto ao Mar,
Como as praias cantadas por Camões,
Onde deixou saudades e paixões,
As sereias e musas têm lar.
Velhinhas, já de tantas gerações,
Saem da gruta, vão ao patamar
E lá ficam sonhando, ao luar,
Unidas pelas mesmas emoções:
Ver ao longe as saudosas caravelas
Da sua pátria amada, Portugal;
Sentir no coração que foram elas
Que deram a Camões força real,
Na descrição vibrante das procelas
Entre o doce prazer sentimental.
IV
─ Como demora a frota lusitana,
Com os seus mais valentes marinheiros!
─ E para nós, tão nobres companheiros!
─ Boa gente. Não tem alma profana. ─
Comentam, sempre à espera dos veleiros,
As sereias e musas, na cabana,
Dia e noite, naquela espera insana,
Sem avistarem velas, nem luzeiros…
Ó musas e sereias venturosas,
Crede que não há homem que suporte,
Como vós, as agruras dolorosas
Do Tempo, a dar-lhe sempre abalo forte.
Na vossa gruta, aí, tão vigorosas,
Não tendes a noção do que é a morte.
V
Enquanto houver poetas tereis vida.
Só eles vos sustentam fortemente,
Pois, sem vós, não se abre a sua mente
E lá fica a poesia adormecida…
Só eles vos acolhem ternamente.
E se lhes falta a vossa companhia,
Não terão os seus versos melodia,
Ficando o seu poema insipiente.
Só eles vos entendem na saudade
Que sentis pela frota lusitana;
Por Camões, vosso amigo de verdade:
Com a paixão, que até parece insana,
Fala de vós, com tal vivacidade,
Que vos livra da morte, que é tirana…
VI
È tirana, e é mesmo traiçoeira.
Vós, ai, recolhidas no enclave,
Aonde não se vê nem uma ave
Que vos possa servir de mensageira,
Não sabeis que a morte pôs entrave
À frota lusitana, essa romeira,
Que enfrenta o Mar, que nem por brincadeira!
Mas já passaram, séculos!... É grave!
Grave, não para vós, que não sabeis,
Que os bravos lusitanos marinheiros
Não voltarão, por mais que os espereis…
Só os poetas são vossos parceiros,
Hoje; e louvam o amor que não perdeis
Aos lusitanos, sempre aventureiros!
VII
Levam na alma a Fé; patriotismo.
Lá vão, vencendo as ondas, mesmo à toa…
Em mares a rugir!... Encontram Goa
E terras onde é grande o exotismo!
Sempre a dar rumo incerto a cada proa
Dos barquinhos, de quem tem estoicismo,
Lá vão… A vencer monstros no abismo!...
Donde em onde, vitória se apregoa!
Ides com eles, musas e sereias:
Testemunhais incríveis aventuras…
Agora… Num castelo sem ameias,
De pedras, onde só vejo aberturas
Da gruta, reviveis as odisseias…
Esperais…com os olhos nas lonjuras!...
VIII
Há séculos aí… Olhando o Mar!...
─ Os heróis lusitanos, sem temor,
Que venceram ciladas e agressor,
Não os vejo além, a navegar.
─ Deteve-os talvez o Adamastor…
E com ele estarão hoje a lutar.
─ E nós sem os podermos animar…
─ O lusitano é sempre vencedor!
─ Sim, só a eles cabem suas glórias. ─
Ai, musas e sereias iludíveis
Nesse avivar de velhinhas histórias!...
Séculos a passar… Mas invisíveis
Para vós, a viver só das memórias
De feitos, que são hoje inconcebíveis!...
06 fevereiro 2008
04 fevereiro 2008
Eu à janela
Da janela do meu quarto
eu não posso ver o mar,
sinto o cheiro de maresia
e gaivotas a voar.
E desta minha janela,
eu só vejo um mar de gente,
que sai cedo de casa,
dia após dia,
sempre, sempre!
Fila de carros parados.
Olhar impaciente no relógio.
No ouvido o telemóvel dá ordens,
lembra tarefas
e lá vai uma mensagem para quem se ama ...
O sinal verde ilumina é avançar.
Da janela do meu quarto
o mundo passa a correr.
Se está sol vejo sorrisos,
mas a tristeza se instala,
se a chuva bate nos vidros.
Da janela do meu quarto
eu não vejo o mar imenso,
mas aceito, não contesto.
Abro então outra janela,
que conduz à minha alma,
pois sei que lá dentro encontro,
o que sinto se olho o mar!
A luz brilhante - da Esperança
a aragem - da Alegria
e o ar puro que respiro - enquanto sorrio à Vida!
03 fevereiro 2008
PORTUGAL

PORTUGAL – A PRIMEIRA NAÇÃO GLOBAL
…..A imagem do Mundo na Idade Média…era deformada e incompleta…Admitia-se que (o hoje chamado) hemisfério Sul era inabitável e que aí havia uma grande variedade de seres fabulosos. Ao findar o Sec.XIV, as várias Civilizações então existentes, viviam isoladas e tinham um muito limitado ou nulo conhecimento recíproco.
Os Descobrimentos Portugueses constituem (por isso) um processo de enorme importância para o progresso da História da Humanidade, pois foi através deles que Portugal contribuiu de forma decisiva para a modernidade, o conhecimento de toda a Terra e o relacionamento entre os homens de todos os Continentes.
(Extracto de “ Ao encontro dos Descobrimentos – José Manuel Garcia – Ed. Presença 1994)
Aditamento: É para mim espantoso que há cerca de 500 anos (só 6 vezes a idade de alguns de nós!...) não fosse conhecido que a Terra é esférica, gira á volta do Sol e não é o centro do Universo. E que existia mais África, as Américas, a Oceânia, o Árctico e o Antárctico e muito mais. E que da Índia, do extremo Oriente, cultos e civilizados, e de outras terras e suas gentes, não houvesse muito mais do que as quase lendárias descrições, como a de Marco Pólo manuscritas em 1315, mas só divulgadas e impressas em 1485)
Contribuição do Joaquim
* mapa retirado da internet