OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

30 setembro 2007

EQUINOCIAIS

Devemos seguir este sol de despedida
com uma felicidade ignorada, antes de qualquer consciência.
Devemos, porque a obrigação dos sobreviventes reconhecidos é a de saudar todas as manhãs que virão.


A um duplo de nós caberá,
nos tempos mais próximos, dissimular
os dias ténues e enevoados, sobrepondo-lhes esta luz branca,
para que a casa que construímos possa ter uma utilidade.

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28 setembro 2007



As rosas que tu me deste,
planteias no jardim.
Sonhei criar um lugar
p'ra elas,
p'ra ti,
p'ra mim.
UM dia, não sei, murcharam,
e os botões que surgiam,
escureciam,
tombavam
e não cresciam por fim.



" Eram promessas perdidas!"


O jardineiro mudou-as,
viradas a Sol Nascente.


Ali o sol era ameno
e poupava as lindas rosas
da força do seu calor



Agora tudo acertado
convertido em harmonia.

A tua mão no meu ombro,
as rosas que tu me deste
e o Sol Nascente amornece
a criança que há em mim!



Mais ilusões ?
Não sei.




Desmotivada porquê?

Há sempre uma causa- efeito.
Tão raro em mim
não quero ser eu
mas sou.

Ferida
(liguei o computador em «imagens»)
Copiei um coração entre duas mãos,
e ergui-o bem alto,
mas os braços eram curtos
não dava... ficaria perto

Então lembrei-me do recreio do cordel,
lá na praia ...o papagaio.
Com o novelo bem comprido
atei-o ao meu coração...
lancei-o ... deixei-o voar.

Voou tão alto que o perdi de vista.
Foi assim que eu quiz, perdi-o em liberdade.


(quem não tem datas tristes, que trans formam símbolos, em factos?)


Os velhos dão bons conselhos,
porque já não podem dar maus exemplos.

25 setembro 2007



Estou a precisar do vento

como as árvores.


Para me empurrar?

Despentear-me?

Limpar poeiras?

Cobrir o chão com as folhas queimadas pelo sol?


Sim...

principio de ano começa na data do ano lectivo, vai ser sempre assim.


Então

aparece aquele espaçinho amargurado do que virá.


Quero entrar de pés juntos, na gaveta da realidade, passando os dias,

sem os contar,

sem os empurrar, em ritmo de brisa.


Empurra-me vento...

21 setembro 2007


Então como é isso Avó?! Para o blog só vão coisas de dois netos, quando tem seis?
- Ah! Bem ... foi útil ouvir isso, mas como estas duas são as mais pequeninas, eu acho graça ao que aquelas cabecinhas pensam.
Mas na verdade fiquei a matutar.
Têm razão.
Recuei no tempo.
Sobre estas fotografias já passaram mais de dez anos.
Quando estes netos eram assim pequeninos, um a deixar cair os dentes e a outra a estrear a primeira dentição,
penso que ajudei muito a minha filha. Nessa altura tinha outra idade, ainda trabalhava fora de casa e em casa, e não era tentada pelo facto admirável de ler o que se pensa, espetado num pequeno ecrã.
Estes dois netos foram os que me deram o estatuto de AVÓ. Foram eles que me fizeram reviver a alegria da maternidade, quando vi que da minha filha vieram dois seres, que não são só dela. Sinto-os um pouco meus também.
Como foi possivel ser tão ingrata com a Vida para não dizer o meu Obrigada.
Olhar para as minhas mãos e vê-las tão cheias de TUDO !

18 setembro 2007

Um olhar

O nosso olhar é o espelho de cada um de nós... O nosso olhar mostra como estamos,,reflecte muito do que somos e revela aquilo que sentimos... O sorriso é obrilho do nosso olhar! cr.


17 setembro 2007

PARA ABRIR O ANO LECTIVO


13 setembro 2007

desenho da Inês


Um grande sol que espreita no canto.
Borboleta colorida faz companhia,
a quatro enormes corações que tem vida.
A árvore que cresce do chão todo verde,
deu-te suas folhas a corações iguaizinhas.
( sabia que ias gostar! )
As duas flores
que ninguém as corte.
São tuas!


Assim vê o mundo a minha neta Inês!

12 setembro 2007


( Fiz mais um ano ... e não posso deixar de transcrever parte deste belo texto )



Senhor, ensina-me a envelhecer.
Ajuda-me a reconhecer
as coisas boas da minha vida.
Dá-me força para aceitar
as minhas limitações
cedendo aos outros o meu lugar,
sem ressentimentos nem recriminações.
Que eu aceite ir-me desapegando das coisas,
e veja nisso uma sábia lei da Tua Providência
que regula o tempo e preside à vida das gerações.
Faz, Senhor, que eu seja útil para o mundo,
com as minhas pequenas tarefas,
mas sobretudo com o meu testemunho
de paciência e bondade,
de serenidade, alegria e paz.
Dá-me, Senhor a Tua força
para enfrentar as contrariedades de cada dia,
particularmente a doença e a solidão
Que os últimos anos da minha vida,
sejam como um pôr de sol feliz!

09 setembro 2007


Porquinho-da-India (de Manuel Bandeira)



Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-India
Que dor de coração me dava
porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele para a sala
p'ra os lugares mais bonitos e limpinhos
ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas ...
- O meu porquinho-da-India foi a minha primeira namorada.

08 setembro 2007

A PREPARAR O REGRESSO


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05 setembro 2007

Bem dei uma escapadinha vim a casa ver as minhas plantas como estão ,regar e ver se está tudo bem. E vou continuar de férias até o fim de Setembro,com este calor só mesmo o pé da praia,em Outubro começo de novo a voltar a rotina. desejo que todos os colegas que aproveite com boa disposição e saúde...Nelly



Gostava que chovesse só um bocadinho,

para dar uma volta por aí!

Soprando peninha de ave,

num canto do meu jardim

Soprei uma,

soprei duas

e a pena fugiu de mim!

Segui a pena voando

a ondular seu bailado.

Com "tiques" de melodia.

Hesitou p'ra cá,

p'ra lá.

Escolheu o seu destino.

E a peninha se foi.

Deixando-me só.

Assim ...