OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

30 janeiro 2008

ARISTÓTELES

ARISTÓTELES
(384 - 322 a C.)

Nascido em Estagira,cidade da Macedónia,próximo do Monte Athos (hoje Stavros), foi um filósofo grego, hoje considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos.A fórmula de sua autoria."Em potência,a ciência dirige-se ao geral: em acto,ao particular "define de forma genial o núcleo de todo o seu esquema de pensamento,considerado ao longo dos séculos a raiz da LOGICA.
Aos 17 anos, troca a Macedónia por Atenas,dando entrada na ACADEMIA.Segue durante mais de 20 anos os cursos de PLATÃO,mas falha no seu intento de lhe suceder.Passa à Ásia Menor,fixando-se primeiro em ASSO,onde tenta criar um centro de ensino.È então que escreve uma das suas obras mais célebres ,o diálogo "SOBRE A FILOSOFIA",a CARTA DE ASSO.
cont.na proxima....

PORTUGAL

Mapa de Ptolomeu *

PORTUGAL – A PRIMEIRA NAÇÃO GLOBAL
II

O Processo dos Descobrimentos…começou no Algarve…pela sua situação geográfica frente ao mar… Exportação de fruta seca (figos)…cana do açúcar…(talvez) desde o Séc. XIII.
O Algarve encontrava-se na rota das galés italianas…para( o norte da) Europa, sobretudo Flandres…
(Tinha) construção naval…(aí se terá aperfeiçoado a construção das caravelas, cuja origem se encontra num tipo de navio muçulmano).
…..O inicio do processo da Expansão Portuguesa …é marcado pela conquista de Ceuta em 1415.
Em Lagos, desde o Infante D. Henrique, se centrou a maior parte do comércio …e as suas relações mercantis com as ilhas Canárias, Madeira e Açores eram intensas.

(Extracto de “ Ao encontro dos Descobrimentos Portugueses” José Manuel Garcia--Ed. Presença 1994)
Contribuição do Joaquim

* mapa retirado da internet

29 janeiro 2008

O Mar esconde-se no sargaço dos dias

Da janela do meu quarto
com pena não vejo o Mar
sinto o seu cheiro intenso
vejo-o longo, muito denso
dificil de o alcançar.
As marés essas rainhas
já não dão para o abraçar

Da janela do meu quarto
como gosto de lembrar!
O prazer com que vivia
os projectos que fazia
ao passear junto ao Mar!

A deusa entrou na concha
que a erosão foi gastando.
De concha passou a areia
e o Mar beija-a e vai rolando.

Da janela do meu quarto
sinto a presença do Mar...
ouço o murmurio da ausência
que me embala ao acordar

Da janela do meu quarto
gostava de ver o Mar....









28 janeiro 2008

Uma tímida sondagem


Quase sempre quando um casal se dá bem, é porque um dos esposos manda e o outro obedece.
(Gregório Marañon - médico, cientista, escritor e filósofo espanhol.)
Sem comentários

25 janeiro 2008

E-mail de contacto

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Lendas que fazem História


Brites de Almeida, a célebre padeira de Aljubarrota, entra para a história de Portugal quando a 14 de Agosto de 1385 contribui para a vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota.

Ao regressar a casa depois da batalha, Brites encontra sete castelhanos escondidos dentro do seu forno. Reza a lenda que a padeira os mata, no mesmo momento, com a sua pá.

A memória destes feitos torna-se um simbolo da independência de Portugal e a pá é ainda hoje o estandarte de Aljubarrota.

Ao som de uma valsa de Strauss


A minha neta adolescente foi ao seu primeiro baile de vestido branco de saia comprida.
Era lindo o seu sorriso luminoso!


As luzes dos enormes salões davam mais encanto àquelas carinhas airosas, suaves e confiantes, longe de tempestades.
Saracoteando de um lado para o outro, aos segredinhos entre elas, calcando as enormes saias que tocavam o chão, tropeçando por vezes nos elegantes tacões, mas equilibrando-se com uma certa e descontraída graça, lembravam um bando de pombas brancas, voando na direcção de um desconhecido lugar onde nunca tinham pousado!

Recuei no tempo.Lembrei o meu primeiro baile.
Há tanto ano!
Nunca se pergunta a idade a uma senhora... mas foi há muito ano!
Não queria voltar atrás.Hoje estou muito mais rica.Rodeada de tesouros conquistados, que povoam a minha memória e me enchem o coração!

O das naus...

parece que nem usava chapéu...
vejamos se nos inspira, de acordo com a sugestão do escriba joaquim.

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24 janeiro 2008

Obrigada pela repescagem.


Como se pode ver estou de braços muito cheios.
O dorminhoco tem quatro dias.
Uma vez repescada não podia deixar de dizer o meu olá e todos.
Bons trabalhos e abraços bloguistas.

22 janeiro 2008

A felicidade

Não desespere.A felicidade ainda existe.Está mais perto do que você imagina.O Céu pode começar dentro de si.Só depende de uma coisa: da sua escolha.Você pode escolher uma vida diferente, com novas metas. O caminho pode ser difícil,mas há um Amigo que pode ir consigo até ao fim.
Ellen G. White

17 janeiro 2008

Sem autocaros directos somos lesados...

I
Sinto-me constipada fortemente,
Pelo que falto à aula com pesar.
Constipei-me por ter o grande azar,
De esperar autocarros, paciente,

Batida pela chuva até encharcar.
Culpa de governante prepotente,
Que não mostra respeito pelo utente:
Sem transporte directo para usar

Quando é para longe o seu destino.
Despejam-nos a meio da viagem,
Sem rumo e num grande desatino,

Mesmo à sorte, em qualquer uma paragem!...
O transporte não vem…Chuvisco fino
Ou grosso, nos encharca e dá friagem,

II
Ao nosso corpo, a dar estremeção.
Criancinhas chorando, sem pecados,
A sofrer, como adultos condenados,
Nas paragens, lugar de expiação,

Até ficarem mesmo enregelados!
Falha nos governantes a visão
Que dará acerto à governação…
A quem falta esperteza…São falhados.

Vítimas deles, são sempre os utentes,
Tirarem os “directos”, que imprudência!
Mostram-se, para o povo, insolentes.

Quando havia directos, a frequência
Limitada, era a causa das enchentes.
Mas tirá-los de vez, é a falência!...

III
Tais governantes, mostram utopias,
Em projectos que levam a Nação
Ao caos, em qualquer situação…
Irresponsáveis causam tropelias:

Os utentes, com seus passes na mão
Chamam táxi: despesa e arrelias…
Quem governa vê nisto ninharias…
Se nos transportes há tão má gestão,

E o povo adoece, ao tempo agreste,
Que lhes importam casos tão banais?...
O Governo nos transportes não investe,

Mas vai gastar, depois, mais, muito mais,
Se de perigo a gripe se reveste,
E há internamento em hospitais.

IV
Nada mais digo, aqui, de erros flagrantes…
Os seus autores não gostam das verdades,
Afeitos só a impor-nos a vontades,
Que saem de cabeças delirantes!...

Delírios a gerar atrocidades,
Cada vez mais injustas e constantes.
Eles, sempre com ares arrogantes,
Desdenham de quem vive as realidades,

Como eu, despejada nas paragens:
Ali ficamos à chuva… a encharcar!...
Não posso ir à aula em tais viagens…

O “Galo de Barcelos”, a voar,
Sendo tema da aula, dá vantagens,
De eu poder, assim, participar:

analosver

O Galo de Barcelos

I
Não conheço Barcelos, mas o Galo,
Esse é famoso, além de Portugal.
Com ele vai Barcelos, jovial,
Buscar a mesma fama! Que regalo!...

Sendo embora de barro, o animal,
Alguém teve a ideia de inventá-lo,
E, com mãos de escultor, pôs-se a moldá-lo
Até lhe dar a forma bem real.

Alguém que tinha um galo que estimava,
Talvez por ser dos mais belos tenores.
Quando o galo se foi…ela chorava…

Lembrou-se então moldá-lo com fervores.
Não pode dar-lhe a voz, que a encantava!
Dá-lhe vida na cor: profusas cores!...

II
E o galo colorido, assim berrante,
Levado por turista prazenteiro,
Lá se liberta, assim, do seu poleiro,
E vai, a correr mundo, como errante…

Barcelos, manda o galo, mensageiro,
E fica no seu berço, confiante,
De que vai receber muito emigrante,
Da sua terra, ou mesmo forasteiro,

Para levar mais “Galos de Barcelos”,
Que hão-de fazer mesmo romaria!
Os seus galos não cantam, mas são belos!

Na casa do emigrante, ─ que alegria! ─
Ter um galo, de traços tão singelos,
Português, a fazer-lhe companhia!...

analosver

16 janeiro 2008

Padre António Vieira

Padre jesuíta, missionário, orador e diplomata,António Vieira foi um dos grandes prosado da língua portuguesa.A diversidade da sua intervenção tornou-o, ao longo da segunda metade do século XVII, uma das figuras dominantes da vida portuguesa, tendo argumentado junto das cortes europeias a causa da Restauração e a legitimidade de D. João IV como rei de Portugal. Defensor dos direitos dos indígenas do Brasil onde passou uma parte importante da sua vida.autor de um importante corpus de Sermões que o coloca entre os maiores escritores portugueses de todos os tempos,António Vieira nasceu em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1608 e morreu no Brasil, nna Baia, a 17 de junho de l697.



4º Centenário do nascimento de Padre António Vieira (l6O8/2OO8)

15 janeiro 2008

Intuições


Minha amiga que tens?
Há em mim um desmedido
sexto sentido,
inconveniente,
abusivo,
luminoso,
e elucidativo.
Tudo em ti revela,
desconforto,
desânimo e cansaço.
Não sei se preferes que não te faça perguntas!
No receio que acabes num soluço,
deixo correr este rio de silêncio.
Só quero que saibas,
que me encontrarás,
no outro lado da margem,
sentada à tua espera.
E, pode acontecer que te dê um sentimento de paz!

11 janeiro 2008

A viagem


Sinto às vezes,
na travessia da Vida,
a fúria dos ventos,
a força das águas.

Mas não largo o leme!

Sigo a rosa-dos-ventos
mesmo em dia de calmaria.
Não quero desvios desacautelados,
senão aqueles que escolho.

Avisto ao longe o meu porto.

Chegar com a bagagem necessária,
foi sempre meu cuidado,
e, se alguma se desviou
ou me pesou,
deitei-a ao largo
e continuei.

Gostava que quando a luz
luminosa,
suave,
caísse sobre mim
e me levasse p'ra Longe...
me encontrasse,
sentada na proa do barco tranquilamente.


10 janeiro 2008

Café

Originário do fruto do cafeeiro, o café é a bebida mais popular do mundo.

A história do café já é bem conhecida pelos seus apreciadores. Um pastor procurava as suas cabras,visto não regressarem ao rebanho numa certa noite, e encontrou-as junto a um arbusto a saltitar. Descobriu então que tinham ingerido uns frutos. Intrigado, quis ele próprio provar e experimentou uma energia extra. Kaldi levou os frutos a um mosteiro ali próximo e a reacção dos monges não foifavorável. Convencido de que aquilo era obra do diabo, deitou fogo aos frutos. Mas o aroma vindo dos frutos torrados era tão agradável que chamou a atenção. O abade ordenou que estes fossem esmagados e colocados em água fervente, a fim de veríficar que infusão dali resultava. Depressa descobriram que a bebida os mantinha despertos durante as rezas e períodos de meditação.

PROJECTO DE ESCRITA

2008 vai ser ano criativo!
Vamos trabalhar com palavras, para dizer a ideia de Portugal. Algumas serão nossas, outras dos nossos colegas. Veremos até onde nos leva a imaginação.

Modelações (2)



Ouvi um batimento líquido de espumas irregulares
dilatadas já
soerguidas
(não pares!)

Até que as vagas
rarefeitas vagas
retomaram o hausto e


as areias
finíssimas desenharam o perfil

a harmonia
precária
ou um diálogo em vertigem

Pensámos em moldes
de conchas

pedras
um quase caos

Falámos de nós
(repousa!)

Afirmaste, então, o enlace clássico
e começámos assim:

como a pintura é a poesia.

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07 janeiro 2008

Efeitos do nevoeiro

Nevoeiro embaraça a vista.

Humedece a roupa.
Acachaparra os cabelos
e torna escorregadias as pedras da calçada.
Não convida a pôr o pé fora de portas.
No entanto procuro ser prática.
Papeis em ordem nos dossiers.
Espreitei as toylettes nos armários
dei uma volta às gavetas,
e esbarrei em fotografias antigas,
que não devem ser vistas em dia de nevoeiro.Brota tristeza.
Sair de casa para quê?
Mas tem que ser.
Aqui fico deprimida!
Peguei no meu guarda-chuva, prenda de Natal,
e saí para a rua à procura de coisa nenhuma... mas à procura!

04 janeiro 2008

Oração do Astronauta

JAMES IRVING
De todas as 66 horas e 54 minutos que passei na Lua,o facto mais importante é que a minha experiência não foi só científica,mas principalmente espiritual.Alguns levam toda a existência para conseguir um objectivo digno de suas vidas.A mim não custou tanto:bastou uma viagem à Lua.E,por causa disso,nunca se deve desanimar,perdendo a esperança.Os caminhos para Cristo são diversos,mas a Ele todos os homens chegarão.
Caminhando em volta daquela indescritível beleza,sentindo-me pequeno e solitário diante da imensidão deserta e silenciosa que se estendia à minha frente, EU PENSEI NO MUNDO SUSPENSO Á MINHA FRENTE E NOS HOMENS,QUE NELE HABITAVAM,tão frágeis e solitários como eu,naquela hora. Então,eu orei e dei graças a Deus,por Ele me ter permitido encontrá-Lo e ter-me dado condições para agora O testemunhar e dar razões da minha fé aos meus irmãos aqui na Terra"

03 janeiro 2008

Inquietação


Que estranha sensação.
um novo ano começa,
e eu sinto sempre o mesmo.
Uma mistura de sentimentos.
Cautela
apreensão,
que virá ai(?),
mais outro ano.
E se me for dificil?
A minha vida foi rica em experiências, que me moldaram.
Serei capaz?
Ou frágil como esta joaninha procurarei um chão, na certeza de não me magoar.
Os anos ao passar cavam em nós esta necessidade de caminhar em solo macio e fofo!
E... eu sou assim.