O Galo de Barcelos
I
Não conheço Barcelos, mas o Galo,
Esse é famoso, além de Portugal.
Com ele vai Barcelos, jovial,
Buscar a mesma fama! Que regalo!...
Sendo embora de barro, o animal,
Alguém teve a ideia de inventá-lo,
E, com mãos de escultor, pôs-se a moldá-lo
Até lhe dar a forma bem real.
Alguém que tinha um galo que estimava,
Talvez por ser dos mais belos tenores.
Quando o galo se foi…ela chorava…
Lembrou-se então moldá-lo com fervores.
Não pode dar-lhe a voz, que a encantava!
Dá-lhe vida na cor: profusas cores!...
II
E o galo colorido, assim berrante,
Levado por turista prazenteiro,
Lá se liberta, assim, do seu poleiro,
E vai, a correr mundo, como errante…
Barcelos, manda o galo, mensageiro,
E fica no seu berço, confiante,
De que vai receber muito emigrante,
Da sua terra, ou mesmo forasteiro,
Para levar mais “Galos de Barcelos”,
Que hão-de fazer mesmo romaria!
Os seus galos não cantam, mas são belos!
Na casa do emigrante, ─ que alegria! ─
Ter um galo, de traços tão singelos,
Português, a fazer-lhe companhia!...
analosver
3 Comentários:
Isso é que é cantar de Galo!
A sua presença tem a alegria das cores do dito Galo de Barcelos.
Parabens.
E a sua escrita sempre nos pôe bem dispostos.
Um abraço
obrigada pela sua constante inspiração.
querida amiga:
Parabéns pelos versos, fêz-me sentir no verão, em Barcelos, naquelas feiras fantásticas que só o Minho sabe fazer, porque há tradição e uma paisagem verde incomparável.
Bjs
Fernanda
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