OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

29 setembro 2009

A feliciddade

A vida é essa aventura maravilhosa que é dada a cada um a oportunidade de saborear.
Não importa quantos anos vai durar essa aventura;o importante é aproveitar cada momento que ela nos oferece para construírmos um mundo melhor.
Esta aventura,queiramos ou não,ninguém vive sozinho...

24 setembro 2009

OS NOSSOS 10 ANOS, vistos por quem sabe...



EU, TRANSMONTANO, ME CONFESSO! …

Que me perdoem os senhores letrados, licenciados, mestres e doutores pela ousadia de entrar em seus domínios. Não sou nenhum deles e, por isso, não prometo que não venham a suceder alguns erros morfológicos ou sintácticos, de pontuação e até de acentuação. Se até o nosso nobel os comete e escreve nomes próprios com minúscula e quanto a pontuação …, que a faça quem lê, pois claro, maior perdão e benevolência terei eu, seguramente. Por isso me atrevi, descaro dos inconscientes, a dar este passo, expondo algumas situações vividas.

Há uns tempos que ando a matutar nisso. O desejo de passar ao papel algumas das minhas experiências de vida tem-me surgido com frequência, mas só agora encontrei coragem para o fazer. Talvez estes escritos não passem da gaveta e ninguém os venha a ler. E que interessaria a alguém fazê-lo?

E como as ideias são como as cerejas, pensada uma, vêm meia dúzia agarradas, começo pela experiência última, a que estou vivendo, desde o meu ingresso na Universidade Douro Sénior do Porto.

Lembro-me bem, foi numa tarde de Abril, num dos primeiros dias, que me dirigi à Universidade. Tinha então, em finais de Março, posto termo a responsabilidades profissionais e estava livre para experimentar outras coisas que nunca tinha feito na vida, ou tinham ficado muito lá para trás, e que pudessem satisfazer a minha ânsia de saber, sem stress ou preocupações.

O primeiro encontro revelou-se auspicioso. À secretária, uma jovem simpática, a D. Conceição; de pé, um cavalheiro, não menos jovem, simpático e sorridente se me dirige; vim a saber tratar-se do nosso Magnifico Reitor, o Dr. Mário Dias. As apresentações foram calorosas e pouco tempo depois estávamos já a falar da nossa mútua paixão – Trás-os-Montes. O aforismo de que as primeiras impressões são muito importantes, fez todo o sentido neste caso. Fiquei rendido às suas palavras e entusiasmado em iniciar imediatamente as minhas aulas. Inscrevi-me, e aproveitei o mês, como é da praxe, para frequentar todas as disciplinas e poder, então, seleccionar as que mais me seduzissem.

No final do mês sentia-me com vontade de frequentar todas e por isso escolhi o cartão dourado que conservo até hoje. Entendo os impedimentos logísticos e temporais que forçam a que matérias tão interessantes tenham de ser ministradas em horários coincidentes, e como não temos o dom da ubiquidade…

Entre a Literatura de Viagens ou Comparada da Drª. Dália Dias, a Cultura Contemporânea do Dr. André Machado, os Itinerários do Património e a História da Arte da Drª. Luísa Rodrigues, a Informática da Drª. Helena Fonseca, a História das Religiões do Dr. Vitor Teixeira, os Diálogos por Dois Mundos Culturais do Dr.André Matias, a Pintura do Dr. Luis Ruas, o Inglês da Drª. Isabel Gonçalves, a Grécia e Bizâncio do Dr. Mário Cunha, o Cinema do Dr. António Cunha e o Coro da Drª. Fátima Serro, ufa, uma pessoa quase não tem mesmo tempo para respirar. E preparam-se para introduzir, ainda , a Dança !…

Com toda esta pressão, seria de supor que o ambiente fosse sorumbático, mas não, bem pelo contrário, ele é alegre e bem disposto. Para tanto, muito contribuem a juventude do nosso corpo docente. As suas ideias arejadas ajudam a que a naftalina não encontre espaço na nossa universidade. Para além do prazer das aulas, há outros bons momentos de convívio passados entre tortas, bolos e cimbalinos, dos quais, a Rosarinho, é atenta espectadora.

A UDSP acaba de completar 10 anos de vida. Pelos depoimentos expressos na bela cerimónia comemorativa, e pela minha própria experiência, só posso atestar que se trata de uma realidade muito positiva, augurando-lhe mais 10 anos com idênticos sucessos.

E, em jeito de despedida, apenas me ocorre dizer que a Universidade faz já parte da minha vida. E por isso, naturalmente, eu, transmontano, me confesso - já não consigo passar sem ela.

Porto, 2009.07.04 Vilariço



Olá!

Peço licença para me apresentar.

Sou uma cadelinha pura raça Beagle.

Vieram-me buscar e eu brincava ainda com os meus irmãos.

Minha mãe estava preparada para me ver partir, mas eu não.

Senti quando me pegaram ao colo,

num jeito como quem pega em bébé-pessoa,

que não me iria arrepender de mudar de vida!

Passei de colo em colo,

levei beijos,

mãos ternurentas desciam pelas minhas macias orelhas,

e, todos me aceitaram porque me queriam mesmo levar com eles!

Hoje vivo numa linda casa, de chão encerado, o que me faz escorregar,

e em todo o lado encontro coisas esquisitas, que nunca tinha visto,

mas que é gostoso trincá-las com os meus dentes afiadinhos!

Sinto-me bem neste jardim cheiinho de flores e relva verdinha,

e onde às vezes borboletas passam diante do meu focinho!

Prometo, palavra de cão leal,

que nunca se irão arrepender de me terem escolhido.

Serei enquanto viver, um dedicado companheiro.

Acreditem.

07 setembro 2009

Poluição do Planeta - Outros Males... e algumas das suas causas...

I
Que progresso é este sem travão?...
Os sábios mais atentos, conscientes
Estudam sériamente os ambientes,
E chegam a terrível conclusão:

Mês dez, dois mil e sete: avisam, crentes,
A Humanidade inteira, sem exclusão:
-"Ou acabais com tanta poluição,
Ou, em breve, não há sobreviventes.

"Os ares vão ficando irrespiráveis;
Os rios e o Mar envenenados
Pelos comportamentos condenáveis,

De cada um querer, em triplicados,
Bons sistemas de vida,confortáveis!
Ambição que vos põe desatinados..." -

II
Cá, em Portugal, é nulo este aviso:
A governar não há quem o entenda,
Nem querem, aos seus erros, dar emenda:
Teimam ir para a frente, sem juízo.

Isto, que vos afirmo, não é lenda:
Há no Porto um exemplo bem preciso:
Mudanças, que fizeram de improviso,
Nos transportes directos, dão contenda,

Pois causam, aos utentes, empecilhos:
Não chegam ao trabalho a hora certa,
Nem a horas, na escola, estão os filhos.

Não tendo, já, a "linha" mais directa,
Aumentaram, de sobra, os sarilhos.
Dia a dia, a revolta mais desperta.

III
Ser despejado a meio do caminho,
Em trasbordo... é cruel! Depois, à espera
De autocarro que falha... e não se esmera
Em mostrar que dedica algum carinho,

Ao povo, que só paga e desespera!
Isto põe-nos a vida em desalinho.
Mães embalando, ao colo, o seu filhinho,
Sentem a punição muito severa.

Trasbordo que só dá inseguranças...
Tiram "linhas" directas, preciosas,
Que não davam transtorno em mudanças.

Longas esperas são bem dolorosas.
E, a atmosfera com destemperanças,
Gera doenças, não só as nervosas,

IV
Mas outras, que dão lucro ao coveiro,
Agravando-se a gripe ou resfriado...
O povo... cada vez mais revoltado
Com quem, a governar, é traiçoeiro.

Perdida a paciência... o apressado,
Que é, nos compromissos, cavalheiro,
Chama um táxi, que vai custar dinheiro...
Sobrecarga no povo desfalcado!...

O automóvel, há muito guardado,
Volta para a rua: é a solução.
Ih! Tantos!... Fica o trânsito pardo!...

Pior... é aumentar a poluição!...
O governo não vê que o resultado
Conduz a Humanidade à exstinção?...

V
Não conteis que governos desalmados,
Aceitem os avisos sapientes,
De quem prevê desastres eminentes,
Neste Planeta, há muito anunciados.

Governantes vaidosos, prepotentes,
Não ouvem os que são mais avisados...
Temendo ser por eles destronados,
Mostram-se, nos seus erros, renitentes:

Não cedem, numa dura teimosia,
Que revela não terem hombridade...
Os transportes do Porto... - Quem diria?...-

São prova certa desta realidade:
Fazem leis, dando, a poucos, alegria;
Maltratam quem atinge longa idade.

VI
Leis que mostram somente os desafectos
Pelo povo. Cruéis para os velhinhos:
Quer sejam casais ou vivam sozinhos,
Corações a pulsar, sempre repletos

De amarguras da vida... cansadinhos...
Transportes com destinos bem directos,
Iam levá-los sempre a locais certos.
E, na Foz, como alegres passarinhos,

Se expandiam, bem longe da gaiola.
Passear na Avenida; ver o Mar;
Encontrar os amigos... mais consola.

Agora, sem "directos"... e a mancar...
Bem tristes... cada um no lar se isola...
À espera de que a morte os vá buscar...

VII
Governantes não choram estas mortes:
É um modo de eutanásia bem legal;
Ardil, para poupanças... ideal.
Ditam, assim, ao povo, tão más sortes,

Com leis vis, que desonram Portugal.
Absurda alteração que há nos transportes,
Às poupanças do povo leva cortes:
Cada hora de espera... Quanto vale?...

E têm de sair muito mais cedo;
Acordar as crianças ao ser dia,
Sem elas entenderem o enredo

De tanto sacrifício e arrelia.
Os transportes agora causam medo.
Nos seus horários já ninguém confia...

VIII
Isto só favorece os fabricantes
De automóveis, a ter grande vazão,
Para dar, aos utentes, solução...
Não há, para tal erro, atenuantes.

Dizerem que é poupança... é uma ilusão.
Aumentaram despesas mais que antes.
Não pode, assim, o povo e governantes,
Dar, às finanças, boa afinação.

-"Cofres que são do povo, estão vazios!" -
São gritos de banqueiros a avisar,
Lançando ao Governo desafios,

Para haver produção... a trabalhar.
O governo, ao aviso, dá desvios:
Põe o trabalhador a descansar:

IX
- Descansai... Descansai lá nas paragens...
Porque eu também descanso, aonde estou...
Cada um, com seu voto, me lançou
Neste trono, que eu tinha nas miragens...

Agora, pelos votos, eu vos dou,
(Sem vos pedir, em troca, outras vantagens)
O descanso a meio das viagens,
Pois muito prometi... Tudo falhou!...

E mais há-de falhar, pois não me ralo
A mandar que aumenteis a produção,
Para dar, aos banqueiros, um regalo;

Nem quero ouvir quem anda, em aflição,
A prever, para o Mundo, grande abalo,
Se não pusermos fim à poluição.

X
Sendo eu governante, podeis crer,
Não temo as previsões de mau agouro:
Exigem para os cofres rimas de ouro,
Não querem o país a empobrecer.

Nem o povo quer baixas no Tesouro.
Outros, a poluição querem deter!...
Vêem a Humanidade a perecer...
Rodeia-me, a zumbir, tanto besouro!...

Não temo o seu ferrão envenenado...
Mostro, sempre, o meu ar mais sorridente.
Se tudo está, à morte, condenado,

Que importa tanto carro poluente?...
Se for todo o SER VIVO destroçado...
Basta que seja EU sobrevivente!...

Ana Losver

Ter Atitude!

A atitude de uma pessoa é o "reflexo da sua forma de estar na vida"...Do seu estado de espírito perante o que acontece...da sua postura no modo de encarar as várias situações que ocorrem.
Nesse sentido,a nossa atitude pode marcar e condicionar muito a nossa vida.
Todos sabemos que a mente comanda a vida,pois é na nossa cabeça que se formam as ordens que seguem para todo o nosso organismo.É certo que,em situações específicas,não conseguimos dominar o que nos acontece.Em todo o caso,a nossa forma de reagir é determinantes para a condução da nossa vida...

01 setembro 2009


P´ra cada um dos meus filhos,
tomei em minha mão, um punhado de terra,
deitei-lhe ume semente do arbusto da Esperança.
Conservei-a fresca,
sem descanso,
até criar raízes.
Cerca-me por todo o lado o silêncio da prece:
- Possam meus filhos sentir,
no fundo dos seus corações,
a força encorajadora,
que emana das tenras folhas verdes!