OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

30 abril 2007



Sou poeira
De uma estrela
Poeira de uma paixão
Passou o vento, abracei-te
Protegi-te
Amarrei-te
Bem dentro do coração

Eu gosto da água
Transparente, ou turva
Quando serena,
Assenta a poeira
Um pouco como a vida.
Se não é florida
O sorriso neutraliza-a
Fica a calma à nossa beira.



Uma Rosa para que todos os colegas e professores passem um bom feriado



Fernanda

28 abril 2007

de Sonho e Cerejas

27 abril 2007

E outras de juntaram a ela.


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Atitudes


Perguntei a uma tartaruga que dormia,
entre pedras e plantas da casa ao lado,
que me espantava como ela o conseguia,
estando o mundo inteiro em tal estado?!

Surgiu debaixo daquela carapaça,
uma cabecinha que me olhou surpresa,
falou segura e eu achei-lhe graça,
e a resposta que me deu foi com firmeza:

- A senhora não sabe que somos impotentes,
quando no meio de tanta confusão,
um puxa para trás, outro p’ra frente?!

O melhor é deixá-los. São sapientes!
Prefiro estar tranquila aqui no chão,
protegida p’la carapaça. É mais prudente…

!

26 abril 2007

A Lágrima

( Guerra Junqueiro)


e… a lágrima celeste, ingénua, luminosa.

Ouviu, tremeu e quedou silenciosa.

Uma Amiga



Era uma vez

alguém

que eu não conheci

pequenina.

Airosa

muito ladina

muito Mãe

Avó

menina


Apetites sôfregos

mas equilibrada.

Companheira certa.

Empresária desembaraçada.


Chamaram-lhe Céu

e porque seria?


Há sempre a hipótese

de uma profecia.



De pena na mão

quem é que a agarra?


Quem quer conhecê-la

Que a olhe na cara!


25 abril 2007

Inevitável lembrar

Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dreamed of
Once in a lullaby ii ii iii
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
And the dreams that you dreamed of
Dreams really do come true ooh ooooh
Someday I'll wish upon a star
Wake up where the clouds are far behind me ee ee eeh
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney tops thats where you'll find me oh
Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dream that you dare to,why, oh why can't I? i iiii
Well I see trees of green and
Red roses too,I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself
What a wonderful world
Well I see skies of blue and I see clouds of white
And the brightness of dayI like the dark and I think to myself
What a wonderful world
The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing byI see friends shaking hands
Saying, "How do you do?"
They're really saying, I...I love youI hear babies cry and I watch them grow,
They'll learn much more
Than we'll know
And I think to myself
What a wonderful world (w)oohoorld
Someday I'll wish upon a star,
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top that's where you'll find me
Oh, Somewhere over the rainbow way up high
And the dream that you dare to, why, oh why can't I? I hiii ?

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Se o dia me corre bem,
Vejo as cores do Arco-Iris!
Mas há um sentimento de cautelosa Alegria,
Enquanto dentro de mim.
Não sou capaz de Acreditar!

Na foz do Douro


A poesia de uma ideia,
de um lugar,
de um tempo,
que me seduz.

Fico horas e horas
com este rio e este mar,
estes azuis que se encontram
e se fundem,
como as águas,
que aqui se abraçam
e se casam ...

- Sempre e para sempre.

AS ÀRVORES GRANDES


Eu admiro muito estas árvores, serenas, pacíficas, acolhedoras, enormes e imponentes, mas sem arrogância nem vaidade.
Parece que lhes basta estarem ali tranquilamente paradas, afagadas pelas brisas, regadas pelas chuvas, confiantes, seguras de si nas suas profundas e sólidas raízes.
Quando estou mais cansado ou agitado vou visitá-las, abrigar-me á sua sombra, recolher a calma que nos transmitem, a afirmação que a maioria dos temporais que nós e elas vamos sofrendo, passam e raramente duram mais que uns dias ou só algumas horas. A sua quase intemporalidade faz-nos recobrar o ânimo e relativizar os problemas. Tranquilizam-nos !

24 abril 2007

Gaugin, inventando paraísos...

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Como deve ser divertido ...





















estar nessas aulas a ler os comentário!
Divirtam-se.

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23 abril 2007

O que fariam?


*** *** *** *** *** *** *** *** ***

Como já é habito a maior parte da população portuguesa e talvez europeia joga no euro milhões. Não se pode dizer que é só desportivamente, toda a gente joga na esperança de ganhar.
Uma pessoa minha conhecida jogou como de costume e com a mesma chave que já vem usando desde sempre com aquela fé de que um dia...
Esta semana essa mesma pessoa conversando com um amigo sobre o resultado de que não tinha havido vencedores e tomando conhecimento dos números vê que a chave era a sua.
Espera o regresso da filha para lhe pedir o bilhete e constata que esta se tinha esquecido de o registar.
Teria sido um vencedor total e único, a menos que mais pessoas com a mesma chave se tenham esquecido de registar.

Se fosse convosco o que fariam?

*** *** *** *** *** *** *** ***

Malmequeres


Fomos passear
Num campo amarelo
Raiado de verde
E de malmequeres

Saltaste, correste,
Apanhaste tantos
Que me ias dando
Para eu segurar

Voltámos p'ra casa
Fomos p'ro terraço
Com agulha e linha
Fomos enfiar
Fazer um colar

Colar amarelo
Todo de flores
Um colar tão belo!...

Teus olhos brilharam
Ficaste feliz....
- É meu, o colar!
zevalebom


22 abril 2007

Igreja de Sisa Vieira no Marco de Canaveses

Quis ir ao Marco de Canaveses conhecer a igreja arquitectada por Sisa Vieira.

Tirei esta fotografia propositadamente.
O meu tamanho e a altura da porta!
Como me senti minúscula,
insignificante,
quase nada!




No entanto resolvi entrar.
Que sensação maravilhosa!
A luz clara das paredes brancas, muito brancas e aqueles ângulos de entrada de luz.
A janela de vidro atravessada na parede junto ao tecto:
Comprida,
estreita,
deixando ver apenas os topos dos montes e um céu azul-acinzentado enfeitado de nuvens densas, brancas e fofas como algodão em rama!
Sóbrio e escorreito o altar. Velas grossas pousadas no chão, rematadas com um arranjo
feito num tronco de árvore com heras muito verdes a entrelaça-lo!
Encostado na parede atrás do altar, o Sacrário prateado, sem artifícios, guardava o valioso “Tesouro” para quem acredita no seu simbolismo!

Vagarosamente sentei-me numa das cadeiras individuais.
Respirei fundo.
Parei de pensar.
Uma quietude me invadiu..
Aquele silêncio grandioso foi um remédio para me curar dos choques e dos ruídos que me atormentavam.

Valeu a pena entrar por aquela porta alta e estreita…

19 abril 2007



Olá Vida!
Cá estou eu!
Estou pronta

para o que me pedires!

P.S. de uma Avó:

Vida , por favor,
tudo o que lhe pedires,
seja à sua justa medida
e o que lhe ofereceres
se transforme
em alimento
para as suas forças!










Aonde corres tu?
Sim, tens o caminho aberto diante de ti!
Não tentamos reter-te.
Não feches as tuas asas!
Ficarei sentada tranquila na companhia das minhas Orações.

Páscoa





Numa aldeia do Alto Douro, preservando a tradição da
visita Pascal . O simbolismo do renascer espiritual acompanhado pela renovação da natureza.

A chegada da Primavera


É Primavera,

e não vejo as andorinhas.

São elas que fogem,

ou sou eu que as não encontro?


É Primavera.

Quero ver as andorinhas nos beirais,

ouvir o canto dos cucos nos telhados,

gozar o desabrochar da natureza,

voltar a sentir a Primavera.


Como em menina quero acreditar.

Acreditar na vida, na bondade.

Acreditar na alegria.

Acreditar nos outros para poder

acreditar em mim.


E viver a chegada da Primavera.

18 abril 2007


Num livro que folheei ao acaso encontrei uma frase que me assenta que nem luva. Era assim:

"A pessoa que é mestre de si próprio

Bate em vão às portas da Poesia"



E a prova está neste hino que escrevi para a Douro Sénior e que abortou à nascença.







Hino Douro Sénior

Música: Verdi (Marcha Triunfal)
Letra: De uma colega.

Cá estamos
Na Douro Sénior
Para vencer...
Tristezas, amarguras
E o que mais por aí vier.

Já somos muito vividos
E, queremos mais,
Saber, aprender, recordar
Antes de morrer.

A nossa alegria é:
Saber que nada é eterno
E que os problemas
Têm sempre um termo.

Por isso, estamos aqui
Alegres
P´ra vos dizer
Que a Douro Sénior
É um lugar p´ra eleger.

No dia
Em que cá entrares
Aí, tu verás,
Que à Douro Sénior
Nunca mais, Nunca mais
Faltarás.

A nossa alegria é....


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17 abril 2007

Outono/Primavera



Estas folhas já caíram, novas despontam já, nesta renovação fantástica de todas as primaveras.
Saibamos fazer o mesmo todos os dias com a nossa vida!

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Estamos preocupados porque o ano lectivo vai acabar...


NADA…NADA…!

Que raiva no meu peito !
Viver o que queria !
Tudo a ousar e pouco a me importar…


…MAS…

…NADA…NADA…NADA…


- Cerram-se as garras
de tanto impedimento –

…que desespero…

( e já não sei chorar ! )





Joaquim (enquanto jovem)

Recordando aulas passadas

No Penedo Gilreu Penso que a pessoa mais indicada para habitar o Penedo Gilreu seria Ruben A. Porque, para além de já estar habituado a olhar a escrita de um olhar mais longe, tem espírito de caranguejo podendo movimentar-se para qualquer lado do penedo sempre que o mundo ande à sua procura deixando à vista o outro que era ele.

Os amigos visitá-lo-ão. Assim o mar fará silêncio para quatro, que recordarão anti memórias de factos ainda no devir.

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15 abril 2007




Sentir o perfume verdadeiro
da terra molhada,
o perfume doce
das frésias nos jardins,
o perfume subtil
das magnólias em flor,
dá-me esta sensação
de prazer e calma.



É a primavera
renovando a Natureza
a VIDA

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Ao jeito de quadra popular



Eu gosto de ver a Vida
Sempre através de vidraça,
Pois sinto-me protegida
Do mal que por ela passa!

Ai se ela se complica
E não é do meu agrado,
As lágrimas tornam o vidro,
Totalmente embaciado!

Mas também já aprendi
Que se eu abrir a janela,
Deus manda o sol por ali
E torna a Vida mais bela.

A luz, os sons e a cor,
Que inundam a minha alma
Foi esboço de pintor
P’ra me transmitir a calma.

A meus filhos e meus netos
Eu pinto esta aguarela:
Procurem a Vida ver
Por esta mesma janela!

Tem compensações.


Estar a morar numa cidade onde até se realizam espectáculos de ópera.

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Porque hoje é Domingo






Toca a fazer um pouco de exercício.

Eu já fiz o meu como comprovo com as imagens juntas.

Sejam felizes e tenham uma boa semana.

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12 abril 2007

Sou moldura de jardim

Habito um espaço verde
Mas não me chamo uma flor.
Enraízo em qualquer terra
Abraço seja o que for.
Quem disse que sou modesta (?)
Sinto orgulho em ser assim
Não receio neve ou vento
Sou verde em qualquer jardim.

Gosto muito de trepar,
Eu nasci para subir,
Às vezes sinto cansaço
Mas nunca vou desistir.
Já pensaram quem eu sou (?)
Possivelmente ninguém,
Eu sou dos que fazem falta
Quando se diz: - Falta alguém.

Gosto de cobrir muralhas
De namorar uma flor
Abraçar um ramo forte
Enlaça-lo com amor.
Respeitar as estações
Não mudar na primavera,
Conservar a mesma imagem
Sou apenas: Uma Hera.






Nem bancos de pau ou pedra, nem sol tímido, daqui para a frente é só deixar-mos o coração flutuar.

Abraço-vos com amizade.

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11 abril 2007

O banco de madeira e o banco de pedra


Este é o banco onde me imagino sentada nos dias bons, plácidos, serenos!
Não peço nada.
O pensamento flui com languidez e o aroma da erva suspende-se no ténue nevoeiro que paira sobre a terra, vigiado por um sol tímido.

e… aqui me vejo instalada nos dias difíceis, em que tudo me magoa como este banco granítico, duro e frio. A luz acinzenta a praia solitária.
Tenho os olhos tristes.
Um sopro de vento caiu no meu coração como um suspiro!
A manhã finda e volto para dentro de mim.

10 abril 2007



BERLIN.

NA PONTE...

Entre o segundo e o terceiro canto da nossa epopeia,


...estamos a encontrar a claridade e a ser criativamente iluminados.

Foz do Douro, primeira tarde poética desta Primavera.







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09 abril 2007

O Catavento


É comunicativo o catavento.
Tem um ar decidido.
Resoluto.

Lá no seu poleiro onde o pôs o homem,
tenho a sensação que me dá ordens!

Norte, Sul, Nascente e Poente,
e…muitas vezes penso que até faço o que ele me sugere.

Viradinho a nascente (embora ele me fale do vento) ponho-me a pé,
e começo o meu dia.

Quantas vezes não sei se vá para o Norte se vá p’ra Sul… A vida sopra-nos uns ventos, que nem sempre são de feição, mas a experiência me diz que mais vale ir a jeito do vento. Pensamos melhor e magoamo-nos menos!
E lá para os lados do poente quando o Sol se esconde, espero que tenha passado mais um dia que valeu a pena viver.


Olhai como crescem
os lírios
no campo!

Não
trabalham
nem fiam…

08 abril 2007




02 abril 2007

As lágrimas nem me deixavam ver o caminho.
Semicerrava os olhos num esforço desesperado para ver melhor!
Queria sol,

Queria flores,
Queria ver os pássaros a debicar no jardim.

Mas porque não conseguia o que queria!?
- Contrariedades quem as não tem!?
- O peso dos anos já os sentia!
- Tinha-me irritado com tanto para arrumar,
depois de um fim de semana com a casa cheia.

Num gesto maquinal tirei os óculos do nariz e passei-lhes com o lenço.

Surpresa… tinha “CHUVIDO”!

As lágrimas eram pingos de chuva.
O sol estava coado pelo pó nas lentes
E até o passarinho se assustou e levantou voo com a força da minha gargalhada.

Afinal… nem sempre o que parece é!!!
!

01 abril 2007







Sonhar…
Sobreviver...
- Constante oposição -
Iludo-me com ter…
…no real
…a ilusão…



Suporto então meu dia
…no escravo rotinar
…da chata sabedoria…



Mas vivo… para Sonhar