OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

12 abril 2007

Sou moldura de jardim

Habito um espaço verde
Mas não me chamo uma flor.
Enraízo em qualquer terra
Abraço seja o que for.
Quem disse que sou modesta (?)
Sinto orgulho em ser assim
Não receio neve ou vento
Sou verde em qualquer jardim.

Gosto muito de trepar,
Eu nasci para subir,
Às vezes sinto cansaço
Mas nunca vou desistir.
Já pensaram quem eu sou (?)
Possivelmente ninguém,
Eu sou dos que fazem falta
Quando se diz: - Falta alguém.

Gosto de cobrir muralhas
De namorar uma flor
Abraçar um ramo forte
Enlaça-lo com amor.
Respeitar as estações
Não mudar na primavera,
Conservar a mesma imagem
Sou apenas: Uma Hera.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Nasceste modesta...

O vento respeita-te e não te leva
as folhas
O sol não te amarelece,
Passam, e não te prucuram.

Sem ti,querida hera verde e pintalgada
nunca seria possivel ficarem belos
alguns espaços do jardim.

(claro, a culpa é de quem não te
sabe olhar,

que culpa te cabe?)

14:43  
Anonymous Anónimo disse...

Hera não era,
andava chorando...
mas não era seu querer!
(Nasceu para "subir" mesmo sentindo cansaço).
Pois a força nunca foi rival da saudade!
1+1= a dois beijos

17:13  

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