OS ESCRIBAS
Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.
Contribuidores
30 abril 2007
28 abril 2007
27 abril 2007
Atitudes

Perguntei a uma tartaruga que dormia,
entre pedras e plantas da casa ao lado,
que me espantava como ela o conseguia,
estando o mundo inteiro em tal estado?!
Surgiu debaixo daquela carapaça,
uma cabecinha que me olhou surpresa,
falou segura e eu achei-lhe graça,
e a resposta que me deu foi com firmeza:
- A senhora não sabe que somos impotentes,
quando no meio de tanta confusão,
um puxa para trás, outro p’ra frente?!
O melhor é deixá-los. São sapientes!
Prefiro estar tranquila aqui no chão,
protegida p’la carapaça. É mais prudente…
26 abril 2007
A Lágrima
e… a lágrima celeste, ingénua, luminosa.
Ouviu, tremeu e quedou silenciosa.
25 abril 2007
Inevitável lembrar
Etiquetas: Foi culpa do Rainbow
AS ÀRVORES GRANDES
Parece que lhes basta estarem ali tranquilamente paradas, afagadas pelas brisas, regadas pelas chuvas, confiantes, seguras de si nas suas profundas e sólidas raízes.
Quando estou mais cansado ou agitado vou visitá-las, abrigar-me á sua sombra, recolher a calma que nos transmitem, a afirmação que a maioria dos temporais que nós e elas vamos sofrendo, passam e raramente duram mais que uns dias ou só algumas horas. A sua quase intemporalidade faz-nos recobrar o ânimo e relativizar os problemas. Tranquilizam-nos !
24 abril 2007
23 abril 2007
O que fariam?
*** *** *** *** *** *** *** *** *** Como já é habito a maior parte da população portuguesa e talvez europeia joga no euro milhões. Não se pode dizer que é só desportivamente, toda a gente joga na esperança de ganhar. Uma pessoa minha conhecida jogou como de costume e com a mesma chave que já vem usando desde sempre com aquela fé de que um dia... Esta semana essa mesma pessoa conversando com um amigo sobre o resultado de que não tinha havido vencedores e tomando conhecimento dos números vê que a chave era a sua. Espera o regresso da filha para lhe pedir o bilhete e constata que esta se tinha esquecido de o registar. Teria sido um vencedor total e único, a menos que mais pessoas com a mesma chave se tenham esquecido de registar. Se fosse convosco o que fariam? |
Malmequeres
Num campo amarelo
Raiado de verde
E de malmequeres
Saltaste, correste,
Apanhaste tantos
Que me ias dando
Para eu segurar
Voltámos p'ra casa
Fomos p'ro terraço
Com agulha e linha
Fomos enfiar
Fazer um colar
Colar amarelo
Todo de flores
Um colar tão belo!...
Teus olhos brilharam
Ficaste feliz....
- É meu, o colar!
22 abril 2007
Igreja de Sisa Vieira no Marco de Canaveses
Quis ir ao Marco de Canaveses conhecer a igreja arquitectada por Sisa Vieira.
Tirei esta fotografia propositadamente.
O meu tamanho e a altura da porta!
Como me senti minúscula,
insignificante,
quase nada!
No entanto resolvi entrar.
Que sensação maravilhosa!
A luz clara das paredes brancas, muito brancas e aqueles ângulos de entrada de luz.
A janela de vidro atravessada na parede junto ao tecto:
Comprida,
estreita,
deixando ver apenas os topos dos montes e um céu azul-acinzentado enfeitado de nuvens densas, brancas e fofas como algodão em rama!
Sóbrio e escorreito o altar. Velas grossas pousadas no chão, rematadas com um arranjo
feito num tronco de árvore com heras muito verdes a entrelaça-lo!
Encostado na parede atrás do altar, o Sacrário prateado, sem artifícios, guardava o valioso “Tesouro” para quem acredita no seu simbolismo!
Vagarosamente sentei-me numa das cadeiras individuais.
Respirei fundo.
Parei de pensar.
Uma quietude me invadiu..
Aquele silêncio grandioso foi um remédio para me curar dos choques e dos ruídos que me atormentavam.
Valeu a pena entrar por aquela porta alta e estreita…
19 abril 2007
Olá Vida!
Cá estou eu!
Estou pronta
para o que me pedires!
P.S. de uma Avó:
Vida , por favor,
tudo o que lhe pedires,
seja à sua justa medida
e o que lhe ofereceres
se transforme
em alimento
para as suas forças!
Aonde corres tu?
Sim, tens o caminho aberto diante de ti!
Não tentamos reter-te.
Não feches as tuas asas!
Ficarei sentada tranquila na companhia das minhas Orações.
A chegada da Primavera
18 abril 2007
Num livro que folheei ao acaso encontrei uma frase que me assenta que nem luva. Era assim: "A pessoa que é mestre de si próprio Bate em vão às portas da Poesia"
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Etiquetas: Quem te manda sapateiro....
17 abril 2007
Outono/Primavera
Etiquetas: andorinhas
Recordando aulas passadas
No Penedo Gilreu Penso que a pessoa mais indicada para habitar o Penedo Gilreu seria Ruben A. Porque, para além de já estar habituado a olhar a escrita de um olhar mais longe, tem espírito de caranguejo podendo movimentar-se para qualquer lado do penedo sempre que o mundo ande à sua procura deixando à vista o outro que era ele.
Os amigos visitá-lo-ão. Assim o mar fará silêncio para quatro, que recordarão anti memórias de factos ainda no devir.
Etiquetas: Horas divertidas aquelas.Continuem
15 abril 2007
Ao jeito de quadra popular
Eu gosto de ver a Vida
Sempre através de vidraça,
Pois sinto-me protegida
Do mal que por ela passa!
Ai se ela se complica
E não é do meu agrado,
As lágrimas tornam o vidro,
Totalmente embaciado!
Mas também já aprendi
Que se eu abrir a janela,
Deus manda o sol por ali
E torna a Vida mais bela.
A luz, os sons e a cor,
Que inundam a minha alma
Foi esboço de pintor
P’ra me transmitir a calma.
A meus filhos e meus netos
Eu pinto esta aguarela:
Procurem a Vida ver
Por esta mesma janela!
Tem compensações.
Etiquetas: e os bilhetas já na carteira
Porque hoje é Domingo

Eu já fiz o meu como comprovo com as imagens juntas.
Sejam felizes e tenham uma boa semana.
Etiquetas: pela nossa saúde
12 abril 2007
Sou moldura de jardim
Mas não me chamo uma flor.
Enraízo em qualquer terra
Abraço seja o que for.

Sinto orgulho em ser assim
Não receio neve ou vento
Sou verde em qualquer jardim.
Gosto muito de trepar,
Eu nasci para subir,
Às vezes sinto cansaço
Mas nunca vou desistir.
Já pensaram quem eu sou (?)
Possivelmente ninguém,
Eu sou dos que fazem falta
Quando se diz: - Falta alguém.
Gosto de cobrir muralhas
De namorar uma flor
Abraçar um ramo forte
Enlaça-lo com amor.
Respeitar as estações
Não mudar na primavera,
Conservar a mesma imagem
Sou apenas: Uma Hera.
11 abril 2007
O banco de madeira e o banco de pedra
Este é o banco onde me imagino sentada nos dias bons, plácidos, serenos!
Não peço nada.
O pensamento flui com languidez e o aroma da erva suspende-se no ténue nevoeiro que paira sobre a terra, vigiado por um sol tímido.
e… aqui me vejo instalada nos dias difíceis, em que tudo me magoa como este banco granítico, duro e frio. A luz acinzenta a praia solitária.
Tenho os olhos tristes.
Um sopro de vento caiu no meu coração como um suspiro!
A manhã finda e volto para dentro de mim.
10 abril 2007
NA PONTE...
Entre o segundo e o terceiro canto da nossa epopeia,
...estamos a encontrar a claridade e a ser criativamente iluminados.
Foz do Douro, primeira tarde poética desta Primavera.
Etiquetas: poética
09 abril 2007
O Catavento
Tem um ar decidido.
Resoluto.
Lá no seu poleiro onde o pôs o homem,
tenho a sensação que me dá ordens!
Norte, Sul, Nascente e Poente,
e…muitas vezes penso que até faço o que ele me sugere.
Viradinho a nascente (embora ele me fale do vento) ponho-me a pé,
e começo o meu dia.
Quantas vezes não sei se vá para o Norte se vá p’ra Sul… A vida sopra-nos uns ventos, que nem sempre são de feição, mas a experiência me diz que mais vale ir a jeito do vento. Pensamos melhor e magoamo-nos menos!
E lá para os lados do poente quando o Sol se esconde, espero que tenha passado mais um dia que valeu a pena viver.
08 abril 2007
02 abril 2007
As lágrimas nem me deixavam ver o caminho.
Semicerrava os olhos num esforço desesperado para ver melhor!
Queria sol,
Queria flores,
Queria ver os pássaros a debicar no jardim.
Mas porque não conseguia o que queria!?
- Contrariedades quem as não tem!?
- O peso dos anos já os sentia!
- Tinha-me irritado com tanto para arrumar,
depois de um fim de semana com a casa cheia.
Num gesto maquinal tirei os óculos do nariz e passei-lhes com o lenço.
Surpresa… tinha “CHUVIDO”!
As lágrimas eram pingos de chuva.
O sol estava coado pelo pó nas lentes
E até o passarinho se assustou e levantou voo com a força da minha gargalhada.
Afinal… nem sempre o que parece é!!!
!