OS ESCRIBAS
Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.
Contribuidores
31 maio 2007
30 maio 2007
São penas!
Há penas que escrevem o que se sente.
Penas que são cuidados.
Penas que são fadário.
Penas de luto,
piedade,
saudade
Penas de punição,
Penalidades de jogo.
Sentenças
e
Penas do meu penar
Quero juntar as penas todas que encontro pairando no ar, num bailado meloso no vento suave. Peço ao sol que as tinja de uma cor forte, quente e donairosa.Tiro do meu guarda-joias o alfinete coquette que nunca usei. O tule de um vestido que já não existe. Faço com tudo um toucado admirável,
e…
espero pelo teu convite!
29 maio 2007
Etiquetas: Le Corbusier, modulor
27 maio 2007
AMAR? AMAR ! AMAR?!?
…É mistério difícil de explicar!
(…pois se pode amar a cor da alma e do sorriso
E a invisível aura do olhar!...)
-Amar é maravilhar-se…”só porque”…
E não saber “de que”…tanto encantar-se!...
-Amar é sempre Sim e Não – é quase uma loucura,
Um deslumbramento cego, um bem que não tem cura !
Se Amar é bom? É mau? È sorte ou ruim destino?
? E sem Amor viver? É um bem ou desatino?
Com pena
peguei na pena,
pois isto queria dizer:
É bem melhor ser romântico
e bons amores recordar,
que atar as mãos à cabeça,
abrir a boca e gritar:
Ai! Deus que me dói aqui,
tanta ruga tenho eu,
era elegante e sádia,
hoje peça de museu!
A Vida é para ser vivida
sempre a tentar conseguir,
que mesmo nas horas más,
haja força para sorrir!
E é pena se temos pena,
que ao sentir envelhecer,
não saibamos conceber,
todo o bom que foi viver!
24 maio 2007
Oração de um exilado
Depois da queda de Jerusalém,no ano 587 a.c.,o povo de Israel foi deportado para Babilónia.O exilado sente saudades do templo destruído e espera voltar sob as asas de Deus.Também nós estamos como que exílio sobre esta terra.Rezando este salmo,pensaremos na nossa verdadeira pátria:o Céu
Todos em uníssono.
Etiquetas: Todos conhecem e saber-lhes-á bem recordar.Terça feira estarei pesente em: voz
Falando de Amor
Poetas que cantais o amor eterno,

sois humanos ou só poetas?
Sonhei com um amor assim...
Realidade ou poesia?
Julguei-o real.
Como pôde esse amor ter um fim?
Para mim era infinito,
e o infinito não tem fim.
Julguei mal.
Ficou o sonho, a poesia.
2.
Como uma folha que cai,
e é varrida pelo vento,
também o amor é levado pelo tempo.
E...
A Árvore da Vida continua crescendo.
3.
Hoje continuo a acreditar que o Amor, com maiúscula, é o motor da Vida, e que o amor entre dois seres pode não ser eterno mas é um sentimento nobre que devemos recriar e preservar.
23 maio 2007
Bolacha Maria
Pesquisando na internet a origem da bolacha "MARIA", deparei com um trabalho feito por duas alunas do 7º.EB2,3 de Santa Clara, de nomes Margarida Simão e Luisa Silva.
Fiquei a saber que nas Idade da Pedra já se faziam bolachas com água e trigo triturado, e que os Egípcios, séculos mais tarde, descobriram, ocasionalmente, o fermento e o juntaram à farinha com água. Os gregos juntaram à farinha mel,leite e canela, fazendo deliciosas bolachas.
Os Romanos expandiram as bolachas fabricando moinhos e fornos. Asd bolachas foram introduzidas na Península Ibérica pelos Àrabes que as transportraram em grandes potes de barro. Os nossos navegantes também levaram grandes quantidades de bolachas para se alimentarem a cxaminho das Descobertas. No século XIX as bolachas entraram na moda, e na Europa era "fino" beber chá ou chocolate com bolachas apetitosas.
E agora vamos à bolacha "maria" qu e desde os meus tenros anos, e já lá vão 72, me farto
de as comer com chá, leite, chocolate. sumos, ou mesmo sem nada a acompanhar. Descobri pela Internet qu a "MARIA"foi inventada por uma empresa chamada PeecK-Freen. Julgo que esta Maria é a duquesade Meccklenburg - schwerin, casada em 1784 co Vladimir Grão Duque da Rússia.
Henriques
22 maio 2007
21 maio 2007
salário de mãe
Um instituto de estudos norte-americano fez as contas. Seuma dona de casa e mãe recebesseum salário ganharia 138 095 dólares (101 407 euros)por ano.Os investigadores concluiram que as mães trabalham 92 horas por semana.Assim,as 52 horas que ultrapassam as 40 legais deveriam ser pagas com bonificação.De acordo com o instituto Salary-citadopelo diário francês "Le Monde"-,uma mãe exerce no lar o equivalente a dez profissões:empregada doméstica,ama de meninos,cozinheira,técnica de electrodomésticos de construção civil e de computadores,porteira,motorista,psicòloga e administradora de pequenas e médias empresas.JN
20 maio 2007
DESABAFO…
Hoje espreitei o mundo por uma frincha.
Não sei porquê?!
Dias há que a coragem me falta.
O tempo que passou já não volta mais!
A felicidade que aos mais velhos é dado desfrutar,
sinto que é manter até ao fim da Vida
o interesse por outras e novas ocupações.
Mas hoje só consigo olhar o mundo por esta frincha!
Espero amanhã abrir a janela de par em par,
e haver sol a entrar sem me pedir licença.
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui …além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar ! Amar !...E não amar ninguém !
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? È bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
È preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz,
Foi pra cantar !
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada,
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder…pra me encontrar…
Florbela Espanca-1894/1930
(Será que aquele já muito sublinhado “novo amor” tem quase um século?
Digam lá Colegas da UDS !)
Eu quero que o meu vença
Li algures, que:
Muda-se de casa, de familia, de nacionalidade, de amigos, de gostos, mas nunca se troca de club.
Hoje só um pode ganhar.
O Meu? O Teu? Ou o Dele?
Mas hoje quem consegue não ser Egoista? Melhor. Quem acha que o seu club não é o melhor?
Biba o Porto
17 maio 2007
Posso falar?
De amor vamos falando…
Sabemos pouco, mas queremos entender.
O mais antigo debate ( o corpo? a alma?) reacende a polémica. Sabe bem, é um evidente sinal de vitalidade. Do amor, já Camões disse que era contrário a si. Contrário a si e contrário a nós, muitas vezes.
escrito na aula de escrita criativa, 15 de maio, enquanto se debatia...
Etiquetas: amor
15 maio 2007
Dá-me a tua mão
Dá-me a tua mão minha pequenina.
Como ela é macia,
e cabe tão bem na minha!
Esta que vejo já com rugas,
Toma a forma de uma concha quase,
para te proteger,
e escondê-la só para mim!
Caminhemos as duas assim de mão dada
mais um bocadinho…
Que estes momentos,
que me consolam
e te não deixam tropeçar,
façam parte daquelas recordações,
que te vão ficar da tua Avó!
Pode-se lá viver sem amar alguém!
Quando se está enamorado,
não é a idade só que faz a diferença.
Há as limitações impostas pelos anos.
É certo.
Mas na alma, é o amor simplicidade, o amor delicado,
e o sentimento de dávida, que transforma os dias
e nos põe a cantar e a apreciar o dom da Vida.
Gostaria de dizer tudo o que aprendi,
com o tempo já vivido,
as boas e as má horas.
Mas com as quais consegui sempre compor,
uma boa melodia!
Tudo o que o amor inspira é tão confuso,
contraditório e complexo,
que tentar escrevê-lo é esbanjar o meu tempo.
Será sempre um mistério!
Veio a noite. O dia acabou.
Mas conservo a ilusão do Amor.
…
14 maio 2007
Eu já criei uma árvore
Uma semente que apanhei na avenida das palmeiras no Passeio Alegre enterrei-a num vaso.
Era o mês de Abril de 1980.
A semente germinou e cresceu tornando-se num belo exemplar decorativo da minha sala de estar.
As suas longas folhas atingiram um metro e vinte centímetros de comprimento de um verde muito intenso, e uma textura robusta, apesar de estar colocada numa sala de fumador.
Para não ocupar muito espaço eu atava-a com uns lindos laçarotes coloridos, e ela ali ficava altiva quase tocando o teto.
Eu tinha muita vaidade naquela palmeira e considerava-a o meu quarto filho.
Frequentemente eu dizia aos meus filhos que nunca deixassem a palmeira morrer e que transmitissem aos seus vindouros, que aquela árvore tinha sido criada pela avó Filomena.
Mas 2003 veio e em certo dia de Maio a sala deixou de ter fumo de cigarro, aparelhos ligados e vozes a conversar.
A palmeira entristeceu e lentamente foi ficando amarela.
Fiz tudo para a recuperar mas ela recusou-se a viver. Porque seria?
Em 2006 voltei a apanhar uma semente meti-a na terra e germinou precisamente no dia em que o António nasceu. Agora já está com sete folhas de meio metro de altura.
Os dois amores voltaram!
Maio 2007
Etiquetas: O ano de 2003 nunca devia ter existido
11 maio 2007
( ? MAS QUE AMOR ? )
Para nós Seniores, o Amor
Era ainda terno, inundava o Coração !
Vinha dos doces madrigais do Trovador
Em verso galante, beijando a amada mão !
Ainda haverá assim um ou outro Sonhador !
-Talvez…como romântica excepção !-
Mas julgo que os jovens vivem com furor,
Sem tempo para lânguida paixão !
? Ou será que nasceu um “novo”, inflamado Amor
Que por ser desinibido, acelerado,
Rápido escalda, tal novela de ficção,
E que, sem ser eterno…dura um bom bocado ?
Confesso que não sei ! Digam-me lá Colegas do ESCRIBAS,
Digam-me se agora há esse “novo” Amor,
Ou é apenas um “lifting” do nosso…às antigas !
Quando há tempo para comparar
Mais fotogénicos
Do que os gatos
Também eles
são sólidos, quietos,
e líquidos ao moverem-se.
fitinhas de sombra,
escapando-se entre os girassóis
Como havia vento
Como havia barulhos
A romãzeira caiu
E não foi capitulo.
A folhagem cobria o seu legitimo espaço
E ainda verde
no chão plano
parecia dizer-me:
Agora, estou aqui.
O calendário cumpriu-se.
Foi ontem que chegaste ao jardim…
Há quinze anos.
Quem te trouxe, algo de semelhante tinha contigo
Discreto e culto, Apreciava-te.
Talvez porque florias de Inverno, e os teus frutos amadurecem em Novembro
10 maio 2007
palco
Todos os homens e mulheres não passam de Actores,têm as suas entradas e suas saídas.E em sua vida um homem desempenha muitos papeis
Abri o guarda-sol, e recordei o que escrevi:
Alguns Sóis Já são passados
Outros ainda para vir.
A vida deu-nos
A Sombra
E um guarda-sol
para sorrir.
(voltei a fechá-lo. A sombra estava fria, e o sol não aquece)
08 maio 2007
“Miguel …guardador de ovelhas e de sonhos”

- Vais ser caçador como eu.
Madrugada feita sem resistência, saíram rumo ao Alentejo onde nas planícies a perder de vista, lá estavam os outros companheiros.
Momentos de muita emoção. Com toda a prudência e saber instalaram-se nas respectivas portas. O dia foi de luz intensa e demorada.
Cedo Miguel se desinteressou ou nem quis ver as perdizes cairem e serem entregues com mestria pelos cães treinados, a seus donos.
Ouviu um balir. Aproximou-se de uns arbustos e deu com uma ovelhinha perdida, sozinha e indefesa. Sentou-se no chão, aconchegou-a a si e ficaram juntos o dia todo.
A hora de regresso aproximava-se, caia a tarde, e a ovelhinha de olhos fatigados, para onde o Miguel fosse, seguia-o balindo e encostava-se às pernas como a dizer: - não me deixes.
Tinham que voltar.
Avô e neto olharam-se. O sentir dos seus corações aproximou-os. Naquele momento a idade era igual. O neto de ovelha ao colo, o avô de perdizes penduradas nas trelas do cinturão.
- Que faço avô?
- Vai connosco.
******
07 maio 2007
"Não se ama alguém que não ouve a mesma canção"
Etiquetas: Que tal o trocadilho? Bocadinho pobre
06 maio 2007
CLOSE READING / CLOSE FEELING
Entre a superfície do nosso pequeno mundo,
onde agora efemeramente pousamos, e o insondavel
nivel do Infinito,sempre mais além das últimas
Galáxias, há um cruzamento, uma aresta, em movel
e aparentemente precária defenição.
Não a vemos nem saberemos nunca exactamente
situá-la. Na nossa dimensão humana e suas intrísecas
dúvidas apenas intimamente a poderemos pressentir.
È um Desafio! Estaremos de joelhos.
Maio 2007 Joana e Joaquim
Pelo dia da mãe

Etiquetas: Para as visiveis e já não visiveis mas que continuam sendo
05 maio 2007
A Céu… o Sol e a Lua
Entre o sol e a lua
me tenho movido
desde que nasci.
Do sol vem a força
p’ra luta que a Vida
exige de mim.
E a lua serena
“crescente” ou “minguante”
acerta meu passo.
Em “nova” eu e a lua
tão “cheia” de Luz
vivendo de Esperança.
O sol bem fagueiro
se me vê com frio,
aquece-me as mãos.
Mas a lua percebe
que o frio que eu tenho
está em meu coração.
E estes dois astros
nas suas viagens
não me deixam só.
Se um vai outro vem.
E … meu mundo girando
no sistema solar já me ensinou,
que em tal universo
estrela cadente eu serei jamais!
03 maio 2007
CLOSE READING
há uma aresta constante
no que não se diz
um espaço aberto
preenchido pelas areias do acaso, como
um jogo de dados.
E se Deus existisse,
estaríamos de joelhos?
Abril 07
Portale Guseppe Verdi Ing | Life and Operas | Nabucodonosor - "Va' pensiero, sull'ali dorate"
Portale Guseppe Verdi Ing | Life and Operas | Nabucodonosor - "Va' pensiero, sull'ali dorate": "La musica
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Nabucodonosor - 'Va' pensiero, sull'ali dorate' | Nabucco_2.mp3
Coro del Teatro Regio Maestro del Coro M. Faelli dir. R. Gandolfi
Ebrei:
Va', pensiero, sull'ale dorate;
va', ti posa sui clivi, sui colli,
ove olezzano tepide e molli
l'aure dolci del suolo natal!
Del Giordano le rive saluta,
di Sïonne le torri atterrate...
Oh mia patria sì bella e perduta!
Oh membranza sì cara e fatal!
Arpa d'or dei fatidici vati,
perché muta dal salice pendi?
Le memorie nel petto raccendi,
ci favella del tempo che fu!
O simìle di Sòlima ai fati
traggi un suono di crudo lamento,
o t'ispiri il Signore un concento
che ne infonda al patire virtù!
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02 maio 2007
Numa tarde solarenga
nos encontramos.
Olhei, olhaste e nunca mais te vi,
mas o sol que era já quente,
reparei que mais brilhou!
Tempo passou, e um dia,
sentada em frente ao mar
lia o meu livro,
e tu na mesa ao lado,
lias tranquilamente o mesmo,
que me deliciava.
Quis o Cupido
que naquele acaso, sentíssemos os dois
que nossos corações
pediam um abrigo!
Sentaste-te então à minha mesa.
Trouxeste o copo teu e reparei
que o que bebíamos era igual,
e até a “palhinha” nos fazia jeito…
E tudo isto há tanto ano!!!
E a bênção do céu que abraça todas as coisas,
Estendeu-se sobre nós.
01 maio 2007
A DÁLIA
(A do Costume…)
Brilha hoje com fulgor !
Estas flores dão seus perfumes de Presente e com ardor !
Em rimas, frouxas, sem lume, mais de aroma e muita cor !
Somos todos e Ninguém, mais a Anónima do Parque,
A Mafil e a Gatinha, Adrian, Maryjoninha,
O Henriques e a Nelly, mais DonAna e Joaninha,
A Zé, a Margaridinha, e o Joaquim
Que assina aqui !