OS ESCRIBAS
Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.
Contribuidores
28 fevereiro 2007
A relatividade é realmente um assunto difícil de definir! Quem pensar em entendê-lo, será melhor consultar o Einstein, que relativamente àquela sabedoria nos poderá informar. E como relativamente não tenho mais inspiração, será que há alguém que me possa definir “concretamente” o que é a relatividade?
27 fevereiro 2007
O lugar que Deus me deu
Que espera
De mão
Que a afague.
Embalada por luas
Sem lua
Nem estrelas.
Local de destino
De dias que passam
Com prazo marcado.
Foi tudo
Tão fofo
Tão rápido
Quentinho,
Tomar o meu banho
E não me molhar,
Saber que comia
Sem me esforçar.
O coração
À mão,
Os pulmões
Ali ao pé,
Poder ver
A minha mãe
Do lado
Que se não vê!
Mas o tempo, agitado,
Sempre lendo as nossas vidas,
Passa adiante e não deixa
Nada colher para trás.
Por isso, tudo o que fui
Onde estive, e como foi,
Nunca mais é ou será.
- Um abraço de beleza! –
Foi um sonho? Ou um lugar?
Tudo parecia divino,
Embora tão pessoal!
Mas só sendo assim divino,
É que pode ser real.
Uma coisa
Eu sentia
Que a sementinha
Crescia…

O espaço
Escasseava
Sempre
Que me espreguiçava…
E de tanto
Que nadava,
A braçadinha
Encurtava…
Pois é…
que em criança cegou.
Cercada de escuro,
registou em memória
as cores das flores.
Do sol foi-se a luz
mas ficou seu calor
Foste com ela ao Museu de Serralves,
seguindo e ouvindo a visita guiada.
Podes crer que ao jantar,
faz tal descrição que te deixa surpresa.
Descreve o que “ouviu”
o que tu com teus olhos não consegues lembrar!
Senti o poeta Albano Martins na sua homenagem a Bashô
O mocho traz nos olhos,
escondido, um sol. Com ele
incendeia a noite.
Tudo é relativo!

17 fevereiro 2007
Tudo é uma pesquisa e uma meta que se tenta alcançar para atingir uma configuração, embora imperfeita, do absoluto.
Hoje, acordei assim. Cinzenta como o céu, revoltada como o vento, zangada comigo mesma…
e para fazer as pazes, nada melhor do que um bom pequeno almoço.