OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

27 fevereiro 2007

O lugar que Deus me deu

Semente
Que espera
De mão
Que a afague.
Embalada por luas
Sem lua
Nem estrelas.
Local de destino
De dias que passam
Com prazo marcado.

Foi tudo
Tão fofo
Tão rápido
Quentinho,
Tomar o meu banho
E não me molhar,
Saber que comia
Sem me esforçar.
O coração
À mão,
Os pulmões
Ali ao pé,
Poder ver
A minha mãe
Do lado
Que se não vê!

Mas o tempo, agitado,
Sempre lendo as nossas vidas,
Passa adiante e não deixa
Nada colher para trás.
Por isso, tudo o que fui
Onde estive, e como foi,
Nunca mais é ou será.
- Um abraço de beleza! –
Foi um sonho? Ou um lugar?
Tudo parecia divino,
Embora tão pessoal!
Mas só sendo assim divino,
É que pode ser real.

Uma coisa
Eu sentia
Que a sementinha
Crescia…

O espaço
Escasseava
Sempre
Que me espreguiçava…
E de tanto
Que nadava,
A braçadinha
Encurtava…

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