
Muitas vezes o ouvi dizer:
-Este ano não vou poder ir á abertura das perdizes...
Olhava para ele, ficava a pensar, mas nunca me convencia.
Teimoso,
persistente,
rija têmpera,
homem de antes quebrar que torcer.
Já a caminho,
encontro com os amigos de tantos anos de caça para o pequeno almoço.
As madrugadas cinzentas.
O frio que entra nos ossos.
E ao longe um tímido mas promissor tom rosado no céu.
Partida.
Chegada.
Soltar os cães,
que estão tão ansiosos como os seus donos!
Numa atenção que usa todos os sentidos,
o cão marrado aponta a perdiz que levanta.
O caçador dispara.
E...aqui está o troféu conseguido!