Poema do Futuro
Conscientemente escrevo e, consiciente,
medito o meu destino.
No declive do tempo os anos correm
deslizam como a água,até que um dia
um possível leitor pega num livro e lê,
lê displicentemente,
por mero acaso,sem saber porquê.
Lê,e sorri.
Sorri da construção do verso que destoa
no seu diferente ouvido;
Sorri dos termos que o poeta usou
Onde os fungos do tempo deixaram cheiro a mofo;
e sorri,quase ri do íntimo sentido,
do latejar antigo
daquele corpo imóvel,exhumado
da vala do poema.
António Gadeão
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