OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

13 novembro 2009

Poema do Futuro

Conscientemente escrevo e, consiciente,
medito o meu destino.

No declive do tempo os anos correm
deslizam como a água,até que um dia
um possível leitor pega num livro e lê,
lê displicentemente,
por mero acaso,sem saber porquê.
Lê,e sorri.
Sorri da construção do verso que destoa
no seu diferente ouvido;

Sorri dos termos que o poeta usou
Onde os fungos do tempo deixaram cheiro a mofo;
e sorri,quase ri do íntimo sentido,
do latejar antigo
daquele corpo imóvel,exhumado
da vala do poema.
António Gadeão

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial