Auto retrato artesanatado
Há quem diga que logo ao nascer, no meio de luzes no Céu a brilhar, a primeira visita que nos entra em casa é uma Fada bondosa de varinha na mão. Tudo nos promete, o que há de melhor. Beleza, sucesso e por todos amada! E quando há percalços e nos armam ciladas, vem sempre o tal príncipe que nos arrebata em seu cavalo branco e nos leva ao lugar onde tudo é perfeito e a felicidade tem selo de garantia.
Eu nunca fui em conto de Fadas.
Meu príncipe era o Sonho
E a Meta a Verdade.
Tive um berço de Ouro e p´ro corpo e p´ra alma meus Pais despejaram em gesto de amor, aquilo que eu, então precisava e que uso ainda hoje como herança melhor.
Sempre senti que a Vida gostava de me desafiar. Um quotidiano com método e horas certas teria feito de mim uma figura de barro. Mas não me deixei moldar por um qualquer ceramista. Na dita herança que meus pais me deixaram, encontrei a morada de “Alguém” que com carinho e saber me foi dando as formas e os jeitos como convinha em certos momentos.
Fui bonequinha de estimação, jarra de flores em dias de festa, prato de sopa nas horas de fome, palhaço narigudo para riso dos filhos, mealheiro para aflições e caixinha com tampa para guardar segredos. Há no entanto um formato mais conseguido. Um enorme e confortável coração, que embora lhe pese o uso, nunca se fez em pedaços!
Lá virá o dia – e Deus sabe quando – terei de assumir o formato de Cruz. E então encontrarei a Verdade depois de uma Vida feita de Sonho.
Eu nunca fui em conto de Fadas.
Meu príncipe era o Sonho
E a Meta a Verdade.
Tive um berço de Ouro e p´ro corpo e p´ra alma meus Pais despejaram em gesto de amor, aquilo que eu, então precisava e que uso ainda hoje como herança melhor.
Sempre senti que a Vida gostava de me desafiar. Um quotidiano com método e horas certas teria feito de mim uma figura de barro. Mas não me deixei moldar por um qualquer ceramista. Na dita herança que meus pais me deixaram, encontrei a morada de “Alguém” que com carinho e saber me foi dando as formas e os jeitos como convinha em certos momentos.
Fui bonequinha de estimação, jarra de flores em dias de festa, prato de sopa nas horas de fome, palhaço narigudo para riso dos filhos, mealheiro para aflições e caixinha com tampa para guardar segredos. Há no entanto um formato mais conseguido. Um enorme e confortável coração, que embora lhe pese o uso, nunca se fez em pedaços!
Lá virá o dia – e Deus sabe quando – terei de assumir o formato de Cruz. E então encontrarei a Verdade depois de uma Vida feita de Sonho.
1 Comentários:
Este texto emocionou-me imenso! As imagens, a pureza, a sinceridade de todos os sentimentos envolvidos fazem dele uma peça de barro pintada de ouro.
muitos beijos***
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