Hino à Amizade
Nestas férias
Olhando o mar tranquilo e azul do Algarve
encostei-me melhor na cama alugada da praia
e deixei que os raios de Sol
que mergulhavam no mar,
me fizessem cativa
daquele momento tão belo!
Liberta de horários,
sem compromissos,
sem o tem que ser,
e sem obrigações
senão aquela de sentir o sol
ouvir o Mar
e abrir a alma ao Criador.
E curioso,
tudo o que senti
girava em volta
do sentimento dos afectos e das emoções.
Como se para viver
Não fosse preciso nem água nem pão
Mas o conforto e a força
que se recebe de uma mão que se nos estende
porque nos olhou
e nos aceitou.
Quantas Vezes
no percurso da nossa Caminhada
vamos encontrar
quem como nós
passou momentos em que teve que dizer à Vida
Senhor, Tu sabes que é doloroso!
Que é difícil!
Que exige luta!
Mas que eu quero,
usando tudo, tudo com que me criaste,
não desanimar
e
nunca desistir.
Acordar cada manhã - e ao abrir apersianan do quarto
- conseguir a coragem necessária para continuar a
olhar o sol.
Sem óculos escuros,
fazendo sombra, talvez, com a palma damão
mas sabendo que dei mais um passo na Tua direcção.
----- # -----
O vizinho da cama ao lado levantou-se, sacudiu a
toalha e alguma areia caiu em mim.
Entrei na realidade.
Apeteceu-me um sorvete.
Leve como um pássaro que andara a voar alto,
dirigi-me ao Bar.
Comprei um corneto e sorrindo para um miúdo que
como eu lambia sofregamente o chocolate, reparei que só
havia uma coisa que nos distinguia.
Não era a idade, não!
Apenas eu não tinha a cara enlambuzada de chocolate!
2 Comentários:
Porque é feito de um hino à amizade. Porque a minha amizade por Ela nunca acaba, aqui partilho com os escribas:
"Voltar ali onde
A verde rebentação da vaga
A espuma o nevoeiro o horizonte a praia
Guardam intacta a impetuosa
Juventude antiga -
Mas como sem os amigos
Sem a partilha o abraço a comunhão
Respirar o cheiro a alga a maresia
E colher a estrela do mar em minha mão."
1993, Os amigos, Musa
Sophia. A minha Sophia. Para vós.
beijos doces***
Como é bom sonhar estendida ao sol!
Cores fluidas que se entrelaçam e desenlaçam, qual caleidoscópio.
Abertos os olhos, é tudo escuro,
custa a focar.
E uma vós de criança reclama:
Oh mãe:
Quero lanchar.
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