OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

02 março 2007

Auto-Retrato

«Para cá, para lá…
Para cá, para lá…
Um novelinho de linha
Para cá, para lá…
Oscila no ar.»

Manuel Bandeira



O novelinho,
Oscila no ar…
Dá voltas
E voltas…
Enrola-se…
E enrola…
Até se formar.
Faz curvas…
Requebros…
Dá círculos no ar,
Não chega
Uma mão
Para o agarrar.
Aprende
O saber
Desfia…
Confia…
Que o há-de merecer.
Mas…
O fio partiu,
E o novelinho tonto
De tonto, mais tonto
Quase desistiu

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

vamos sublinhar...ainda não ganhámos o hábito, mas é a melhor parte, esta troca permanente, um contacto diferente entre gente que se revela e se desvela. entre amigos. obrigada pela vossa presença.

22:51  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial