OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

22 novembro 2007

A LETRA i

I
Coitadinho do i : é um risquinho.
E no cimo está uma pintinha,
Apenas a fingir de cabecinha,
Mas tem-na separada… Coitadinho!

Criar o i acéfalo… convinha,
A quem?... Digam, pois eu não adivinho…
O seu inventor não lhe deu carinho;
A crueldade nele se detinha…

Vejamos como o i, decapitado,
Consegue o pensamento definir
E revelar-se nada atordoado…

É bem claro no ir, no vir, no rir!
E também não se mostra irritado,
Se jamais de irritar, pode fugir…

II
Quantos humanos, tendo o corpo unido,
À cabeça, não têm percepção,
Não conseguem achar definição
Para o que já está bem esclarecido…

Andam às voltas, numa agitação!...
Fingindo que procuram o sentido,
Dum tema… que desejam escondido,
Para não lhes trazer complicação…

Eis como funciona o ser humano,
Quando quer libertar-se de problemas…
Mesmo acéfalo, vede o i ufano

Por jamais fraquejar nos seus dilemas…
Só os humanos causam grande dano
Inventando em defesa, vis esquemas…


analosver

3 Comentários:

Blogger A do Costume disse...

a absoluta inspiração para a rima, ágil, certeira, a brincar com as palvras...muito a sério!

22:00  
Anonymous Anónimo disse...

Inspiração para a rima e originalidade para os temas. Notável de juventude, a sua escrita, envergonha o meu bilhete de identidade, para ser sincera, envergonha-me a mim.
Nasceu poeta, e Jovem, Parabéns cara colega

Um forte abraço

12:30  
Anonymous Anónimo disse...

Mais um ponto no i ...

Se há pessoa mais saudável,
natural,
espontânea,
imaginativa,
com chiste,
com a mão sempre no acelarador da palavra,
é a nossa querida D.Ana!
Obrigada pelos bons momentos que nos faz passar.
Um grande abraço.
Ninguem

18:02  

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