A LETRA i
I
Coitadinho do i : é um risquinho.
E no cimo está uma pintinha,
Apenas a fingir de cabecinha,
Mas tem-na separada… Coitadinho!
Criar o i acéfalo… convinha,
A quem?... Digam, pois eu não adivinho…
O seu inventor não lhe deu carinho;
A crueldade nele se detinha…
Vejamos como o i, decapitado,
Consegue o pensamento definir
E revelar-se nada atordoado…
É bem claro no ir, no vir, no rir!
E também não se mostra irritado,
Se jamais de irritar, pode fugir…
Quantos humanos, tendo o corpo unido,
À cabeça, não têm percepção,
Não conseguem achar definição
Para o que já está bem esclarecido…
Fingindo que procuram o sentido,
Dum tema… que desejam escondido,
Para não lhes trazer complicação…
Quando quer libertar-se de problemas…
Mesmo acéfalo, vede o i ufano
Só os humanos causam grande dano
Inventando em defesa, vis esquemas…
3 Comentários:
a absoluta inspiração para a rima, ágil, certeira, a brincar com as palvras...muito a sério!
Inspiração para a rima e originalidade para os temas. Notável de juventude, a sua escrita, envergonha o meu bilhete de identidade, para ser sincera, envergonha-me a mim.
Nasceu poeta, e Jovem, Parabéns cara colega
Um forte abraço
Mais um ponto no i ...
Se há pessoa mais saudável,
natural,
espontânea,
imaginativa,
com chiste,
com a mão sempre no acelarador da palavra,
é a nossa querida D.Ana!
Obrigada pelos bons momentos que nos faz passar.
Um grande abraço.
Ninguem
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial