Conversa de trazer por casa

Desde sempre que gostei de explorar nas conversas com os meus filhos, então pequenos, o ajuizar dos seus sentires, e agora faço o mesmo com os meus netos, numa atitude menos circunspecta, na tranquilidade e descontracção que se compara a instalar-me num bom maple relaxante e que difere em muito da sensação de espaldar com que auscultava os meus filhos.

Tenho uma neta, que como uma nascente de água pura e cristalina, tem saídas que competem com o saber dos pensadores filósofos, onde se chega pelo estudo, quando afinal uma criança desde os seus 4 anos (vai agora nos 7) seria capaz de os desconcertar.

Vou mencionar algumas.

-Ó Avó que bom estar a chover, as flores devem estar contentes!

Outra: ( num dia em que o Pai voava para Paris) - Se eu pedisse ao Jesus para dar as boas-noites ao Pai, Ele dava o recado?

E esta: -Pai dores de cabeça são dores de crescimento? Resposta: - são os pensamentos a crescer: Conclusão da neta: - Deus queira que os pensamentos cresçam depressa, porque são eles que me fazem fazer asneiras!

E mais outra: - Sabes Avó os remédios são feitos de flores e plantas e isso é bom para os pobres, podem apanhá-las e não gastam dinheiro na farmácia!

E esta muito recente: - Onde vais Mãe! Vais sair? Resposta: Sabes a Tia Zé foi para o Jesus. (silêncio) – Já sei como podes falar com a Tia Zé… - Como é? – Resposta: - Pelo coração!

e… agora termino eu: Obrigada Senhor, porque através desta minha neta não perco a Esperança de acreditar no Homem.