OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

16 março 2007

Nem tudo se escreve

Procuramos inspiração na vida e no amor que não temos por tanto o querer. A ambição desmedida e a falta de medo que nos conduz não vai dar a lado nenhum...

Mas o conhecimento que nos comove, tampouco nos demove. Para nós, que cometemos pecados sem tentação, pouca coisa o faz.

Fomos amantes, há muito tempo, parece-nos. Talvez por ter sido há tão pouco. Depois apaixonamo-nos porque ambos queríamos escrever e não conseguíamos encontrar assunto para o fazer de uma forma...

"Desesperadamente compulsiva" - foram as tuas palavras.

Mas quão frívolos foram os dias que passamos juntos. Dias livres de pormenores teatrais, rimas falsas ou metáforas contrastantes. Vivíamos o delírio da felicidade fugaz e, quase sem querer e querendo, deixamos a escrita para mais tarde.

Para o Fim. Porque era melhor viver do que escrever. E quando finalmente lá chegamos - ao Fim - percebemos que já não restava nada para se escrever.

Há coisas assim, vivem-se.
E depois esquecem-se para não nos matarem aos poucos.

6 Comentários:

Blogger Administrador disse...

Aqui fica o meu pequeno contributo com a promessa de ser o único. Muita inspiração e Dias Felizes!!!

18:05  
Anonymous Anónimo disse...

Estou de boca aberta!
Este administrador não é um jovem que nos foi apresentado no 1º período?
Tenho "aprendido" muito com os meus filhos na maneira de viver a vida, e agora ver um jovem escrever assim!
Enriqueci a minha cartilha.Vou estudá-la muito bem.
E quando, ao planeta terra, voltar...

19:58  
Anonymous Anónimo disse...

Afinal a idade não muda muito o "sentir"! Os anos passam mas as recordações ficam para poder sempre e tudo entender. Mas há que dizer que gostei muito do que escreveu! Por favor volte sempre...

19:23  
Anonymous Anónimo disse...

«Há coisas assim, vivem-se»

Depois não se esquecem nunca, para podermos ir vivendo...Sem Elas


Parabéns, o seu texto é maravilhoso.
Lembre-se de nós, e faça do seu
texto, o primeiro de muitos outros

20:17  
Anonymous Anónimo disse...

é de quem sabe...belo poema narrativo. um abraço cúmplice, pelo lado da palavra escrita.

00:36  
Blogger patricia disse...

e vamos escrevendo sobre elas de vez em quando para que a morte lenta se torne mais suportável.

beijos***

14:24  

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