? MEINA FEIA ?
Ela era pequena e tímida,
Muito inibida…e julgava-se feia!
Ela era pequena e tímida,
Muito inibida…e julgava-se feia!
Que quando ia na rua… nem a viam.
(Isto pensava ela, pois nada lhe diziam…)
Nunca ouvira um dito ou um piropo,
Nem nunca experimentou ter um rapaz que a seguia.
E dos que passavam…a indiferença …
Sentia-a… uma ausência !
Trabalhava até á meia-noite
E quando a casa recolhia
Essa sensação de nada ser, na solidão da noite,
Muito mais forte ela sentia !
Cruzava-se com ela um cego
De bengala branca, que sorria,
E que era o único homem que ela via
Que a sorrir para ela lhe parecia.
E em sonhos, apagada a luz,
No escuro, ela pensava no cego,
Que também só o escuro via.
Então lembrava-se, num ímpeto de alegria
Que o risonho cego…
…Um rosto belo ou feio não distinguia.
…E sonhava com ele quando dormia.
………………………………………..
( mas até nesse sonho a timidez persiste
…e a impedia
de sonhar quanto queria…)
…E assim, o tempo ia passando… triste.
……………………………………….
Até que um fugaz acaso, um dia,
Fez tropeçar junto dela o cego que sorria…
Logo o ajudou. A sua mão tremia
Quando mão na mão, o cego erguia.
Ele ficou magoado num joelho,
Que ela com seu lenço trataria.
Sentaram-se animados, num banco pintado de vermelho
Qual dos dois o mais contente de alegria!
E assim nasceu amiga esperança:
Ao cego que tacteava a vida de bengala branca, e que sorria,
E à menina que tinha alma bela,
E que pensava que era feia e ele não via !
Joaquim, Junho 2008
(Isto pensava ela, pois nada lhe diziam…)
Nunca ouvira um dito ou um piropo,
Nem nunca experimentou ter um rapaz que a seguia.
E dos que passavam…a indiferença …
Sentia-a… uma ausência !
Trabalhava até á meia-noite
E quando a casa recolhia
Essa sensação de nada ser, na solidão da noite,
Muito mais forte ela sentia !
Cruzava-se com ela um cego
De bengala branca, que sorria,
E que era o único homem que ela via
Que a sorrir para ela lhe parecia.
E em sonhos, apagada a luz,
No escuro, ela pensava no cego,
Que também só o escuro via.
Então lembrava-se, num ímpeto de alegria
Que o risonho cego…
…Um rosto belo ou feio não distinguia.
…E sonhava com ele quando dormia.
………………………………………..
( mas até nesse sonho a timidez persiste
…e a impedia
de sonhar quanto queria…)
…E assim, o tempo ia passando… triste.
……………………………………….
Até que um fugaz acaso, um dia,
Fez tropeçar junto dela o cego que sorria…
Logo o ajudou. A sua mão tremia
Quando mão na mão, o cego erguia.
Ele ficou magoado num joelho,
Que ela com seu lenço trataria.
Sentaram-se animados, num banco pintado de vermelho
Qual dos dois o mais contente de alegria!
E assim nasceu amiga esperança:
Ao cego que tacteava a vida de bengala branca, e que sorria,
E à menina que tinha alma bela,
E que pensava que era feia e ele não via !
Joaquim, Junho 2008
3 Comentários:
Joaquim:
Que linda histórinha de amor...
Está à vista que o elixir da juventude é vitamina diária para os dois!
Um abraço amigo
P.S. Quando digo "os dois" é o casal. Evidentemente.
Chegar a casa, tem encanto...
Abrir o computador, e ser recebida com um poema tão bonito,é acreditar que as coisas boas estão longe ou perto de nós.È bom ter amigos talentosos, parabéns.
Chegar a casa, tem encanto...
Abrir o computador, e ser recebida com um poema tão bonito,é acreditar que as coisas boas estão longe ou perto de nós.È bom ter amigos talentosos, parabéns.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial