OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

22 maio 2008

Num dia de nevoeiro

Hoje vim sentar-me aqui,
nestes bancos de pedra.
Da árvore, uma folha acastanhada,
caiu, gingando, sobre a mesa de ardósia.
Embrulhada em nevoeiro,
apeteceu-me semicerrar os olhos.
Absorta neste ambiente de paz,
já sinto a humidade em meus pés.
Espero pelos meus amigos.
Quero dizer-lhes, que não sabem,
a necessidade que deles tenho.
Nem como tanta coisa boa
que consigo na Vida,
depende da sua existência.
Como gosto de partilhar,
lugares e situações maravilhosas.
Rir como crianças do simples e insignificante.
Reparar num lenço estendido,
quando se solta uma lágrima.
Dizer-lhes como fazem parte do meu mundo!
Demoram
Que terá acontecido de especial!?
Vou ter com eles.
Podem estar a precisar de mim...



6 Comentários:

Blogger joaquim disse...

Continuamos Presentes e Amigos.
A nostalgia aumenta com a chuva
e com as imprevis negaças do
distante Rei Sol, que "sem o saber nos dá a Vida e o Ser."
Vamos tendo Esperança, a sorrir!

Joana e Joaquim

15:18  
Blogger fernanda disse...

A minha ausência, foi e é técnica, porque as máquinas falham, como o clima nesta primavera chuvosa.
Não quer dizer que não esteja presente, mas ausente contrariada.
Aquela mesa de pedra e os bancos, parece que foram feitos para a nossa geração.
Estou cá... ainda

09:31  
Blogger joel faria disse...

são mesas assim que resistem a gerações, a estações chuvosas indefinidas, são amizades assim que resistem a ausências assim

que histórias essa mesa conta, esses bancos suportaram...

cumprimentos da casa ao lado

13:02  
Blogger patricia disse...

Estive ausente muito tempo. Foi a máquina, foi o tempo, foi o cansaço dos dias e a falta de palavras para falar.

Vim sempre aqui espreitar, mas nem sempre me apeteceu deixar uma palavra, porque nem sabia bem o que dizer, porque estou muito cansada para pensar...

Mas hoje para inaugurar máquina composta, vim dar aqui um salto e quando vi esta fotografia, pensei para mim "aposto que este poema é de ninguém". Li, desci a página com o rato e quando cheguei cá em baixo vi o seu nome e um sorriso estampou-se na minha face.

Foi por ter acertado, foi por ver que apesar da ausência e da distânica há coisas que se sentem e foi, acima de tudo, por ter lido o seu belo poema.

É sempre um prazer ler os seus textos e é sempre um prazer deixar neste blog o meu comentário.

beijos enormes a ninguém e a todos ;)

***

18:48  
Blogger joaquim disse...

Comentando o nosso comentário,
- a tempo - entendemos
e sentimos que Poesia é Poesia!
Gostamos e acompanhamo-la!
Mais não sabemos dizer!

Joana e Joaquim

14:16  
Anonymous Anónimo disse...

Os teus amigos em dias cinzentos preferem bater-te à porta, sempre está mais quentinho!Gostei muito dos bancos e da nostalgia.

21:04  

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