Qual de nós não usou uns sapatos assim!?
Davam-nos tamanho.
O andar tornava-se mais feminino, firme e vigoroso.
A toylette era valorizada e o nosso ego crescia!
Sentiamo-nos capazes de conquistar o mundo,
e, o outro género ... o masculino,
ficava mais na nossa alçada.
Aguentamos bastante tempo uns saltos assim,
finos, elegantes que por consequência,
se prendiam em todos os buracos e frinchas do passeio!
Mas nada de nos fazer arrepiar caminho.
Em frente ... em frente e de queixo erguido.
Acontece que o tempo se encarrega,
de nos fazer sentir, que antes do trambolhão,
o melhor é guardá-los no armário,
e enfiar estes simpáticos e cómodos mocassins,
pois estão mais de acordo com o que necessitamos agora.
Bem estar, segurança, e conformidade em aceitar que já basta de sapato apertado.
Vivamos enquanto Deus o quizer como quando nascemos - " Nas suas Mãos ".
Não sabendo qual seria o numero do nosso sapato!?
Mas tentando Caminhar na direcção certa !
4 Comentários:
Também tenho uma história para contar desses ditos saltos, tão importantes, como um cartão de visita do bom parecer, do bom gosto, do bom tom, na época.
Eu sou da geração das sapatilhas... e daí talvez nem tanto!
Só calcei uns destes uma vez porque a ocasião o pedia ou nós é que achamos que a ocasião é que pede! Não era agulha, mas cada vez que andava parecia que uma agulha se espetava na minha alma, porque de repente tudo se resumia a sentir-me uma mulher feminina no meio de tantas outras só pelos sapatos!!!
Mas passou num instante e eu passei no teste... quando tenho de o ser sei sê-lo ;)
***
Este post lembrou-me Sophia de Mello Breyner e as descrições que fazia, em alguns dos seus contos, de festas onde as senhoras usavam sapatos destes e eram todas belas e glamorosas...
Gostei de relembrar essas festas que nunca frequentei mas nas quais estive sempre presente ;)
Obrigada. Muitos beijos***
Fizeste-me recordar uns lindos sapatos altos da minha Mãe. Eram dourados sem ser brilhantes, com um bonito desenho feito com pedraria à frente, bicudos como agora, apertavam-se com uma tira à volta do tornozelo. Tinham vindo de Paris, imagina para onde? Para Moçambique, encomendados pelo catálogo dum grande armazem francês, tal como os vestidos que ela levava aos bailes. Como ela gostava de dançar! Porquê é que eu não os guardei para sempre?
a fotografa
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial