OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

23 junho 2007

intimidades

No sossego da casa
está tudo dormindo.
Só quebra o silêncio
o carro que passa,

cumprindo um destino

E eu no meu canto,
tabuleiro com chá
e bolachas sem sal
aperto nos dedos
o meu marcador.

No jarro de louça
que pousei na mesa,
malmequeres espiam
o meu recolher.

Procurei este momento de intimidade e saudável isolamento!
Só eu ... e os malmequeres.
Só eu ... e os meus pensamentos


Sinto descer sobre mim,
aquela paz que harmoniza
o que está em desalinho.

Na escrita os sentimentos ordenam-se conforme a palavra se solta!

Meu dia acabou.
Agora já vejo o que não via.

2 Comentários:

Blogger A do Costume disse...

tão bonito...! já vejo o que não via, rima com poesia. è isso? abraço

18:30  
Anonymous Anónimo disse...

Os silêncios são tão eloquentes,
as pausas, tão indispensáveis,
como os actos e as atitudes mais sábias.
O teu «dia acabou.Agora já vejo o que não via»
Céu:
Tu fazes-me pensar, orar, acreditar.
Obrigada, querida amiga

10:08  

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