OS ESCRIBAS

Letras que se confundem em histórias de instantes que passam a correr pelas vidas passadas e futuras, reais e imaginárias, ditas e escritas pelas mãos que imprimem em cada tecla, a vontade, o desejo, a emoção e o interminável percurso labiríntico de quem escreve por prazer.

07 março 2009

bem pode esperar...

(J.Mota)




Era ali naquele riacho
que ele gostava de se isolar de todos e de tudo
entregava-se aos seus sonhos
tão simples e ingénuos
como criança doce.
O que era sombrio
problemático
deixava afundar e seguir o curso do riacho.
Ali na frescura da água
no som do seu cantar
por entre as pedras lavadas
olhar absorto pousado na cana
esperava que o cair da tarde
que vinha no seu silêncio
lhe matasse a saudade pungente
dos tempos passados
em que as perspectivas e os sentidos
o tinham enchido de ilusões!

1 Comentários:

Blogger fernanda disse...

Em criança, recorda-me que adorava pensar ao pé de um regato.
Eu parada e a água que eu não conseguia parar, continuava a correr... como se num murmúrio me dissese _ tudo vai continuar, e todos têm uma missão a cumprir.
Parada, mas o tempo sempre a correr, até hoje...

11:48  

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